Alegria e irreverência desfilaram pela cidade – assim se faz o Cortejo da Queima das Fitas 2019
Cortejo dos Finalistas é um dos momentos mais esperados pelos estudantes durante a Queima das Fitas.
Fitas e cartolas, saudade e animação. Domingo voltou a ser dia de festa na cidade, com o Cortejo dos Finalistas a encher as ruas da cidade. O ponto alto da programação da Queima das Fitas não dececionou os que quiseram vir assistir e os que participaram no Cortejo 2019.
“Foram cinco anos muito difíceis e é um orgulho enorme estar aqui como finalista hoje, a última vez trajada e com cartola”. Joana Gomes está a terminar o curso na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (UC). Para a estudante, o cortejo é um momento “muito bom” no geral mas “ir no carro é o mais giro”.
Também Diogo Caires enverga a cartola e a bengala, mas as cores são o azul e branco da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC. Apesar de ter sido um período difícil, de estudo, o finalista de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores revela que “também nos divertimos bastante”. É o último cortejo em Coimbra, o que “significa uma despedida”, mas, ao mesmo tempo, quer “aproveitar ao máximo”.
é um orgulho enorme estar aqui
Cartolados, fitados, grelados, cada estudante tem, dentro da tradição académica, uma etapa a percorrer. E a imposição de insígnias é uma tradição antiga em Coimbra. Para Emanuel Nogueira, da Faculdade de Letras da UC, “é bonito perceber esse crescimento que nós fazemos em Coimbra e ter esses símbolos culturais”. Para o cartolado, as insígnias “mostram o nosso crescimento na Academia e o nosso amadurecimento como pessoas e cidadãos”.
Mas não só de estudantes se faz o cortejo. Também os antigos estudantes aproveitam a ocasião para se juntar e recordar os tempos de faculdade. É o caso da turma de medicina de 1983-1989 que celebra, este ano, 30 anos de formatura, e começava logo pela manhã a juntar-se na Porta Férrea. Paula Quirino veio do Porto para o encontro com os colegas de turma. A antiga aluna da UC explica que voltar a Coimbra é uma oportunidade para “recordar os colegas e a cidade dos estudantes”.
“Estar aqui significa matar saudades de coisas que nós já nem nos lembrávamos que existiam”, revela Rosa Martins. A antiga estudante de direito conta que os colegas já se tinham juntado nos 25 anos do curso. “Agora voltamos nos 30 anos e havemos de voltar nos 35”, garante.
“Temos muita saudade”, diz Paula Miranda, uma antiga estudante que veste a camisola dos 25 anos do curso de Ciências Farmacêuticas. O grupo é grande e faz festa no início do cortejo. “Aqui vivemos a altura mais feliz da nossa vida, mas, na verdade, não estamos aqui para relembrar mas sim para viver outra vez a Academia”, afirma.
Entre carros da Universidade e do Instituto Politécnico, foram 100 os carros que desfilaram pelas ruas da cidade de Coimbra. O evento, um dos pontos altos do programa da Queima das Fitas, aconteceu no domingo, 5 de maio.
Para saber mais sobre a festa dos estudantes, veja aqui.