“Da biblioteca à Sabedoria: os caminhos do Livro” uma exposição para ver na Biblioteca Geral da UC

22 abril, 2019≈ 3 mins de leitura

Até 30 de abril a Sala do Catálogo da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC) recebe a exposição bibliográfica “Da biblioteca à Sabedoria: os caminhos do Livro”.

A mostra permite revisitar os pontos mais importantes da história do livro, “desde o manuscrito ao final do livro antigo” revela António Maia Amaral, Diretor Adjunto da BGUC e coordenador da exposição.

Na última vitrine, onde se podem observar as diferenças do livro nas diversas civilizações, há um objeto que chama a atenção: um livro não convencional composto por folhas de palmeira. Se ficou com curiosidade não deixe de aproveitar os últimos dias da exposição.

 

Sinopse
O livro (ou Monografia) é uma unidade de informação original que obedece a um plano, produzido num momento preciso e apresentado sob uma forma acabada para leitura sequencial.
O livro é sempre obra intelectual (opus) de um ou vários autores, ainda que não sejam conhecidos. Que seja impresso em papel não é essencial: um livro pode ser manuscrito ou pode ser eletrónico. Nem todos os recursos impressos são livros (os artigos de uma revista não seguem plano prévio, por exemplo) e um e-book é claramente um livro: finito, não-atualizável e com dados de autoria/produção bem determinados que o permitem situar como obra intelectual no tempo e no espaço.
Seja qual for a forma como se apresente, o livro foi o principal suporte do conhecimento. Uma pequena peça que permite, a quem procura o saber, ir construindo Ciências ou Humanidades, de forma crítica, no confronto com outras pequenas peças semelhantes. Por isso, as bibliotecas universitárias têm hoje o dever de se constituir como locais de resistência contra uma informação fragmentária, em segunda mão, que se apresenta sem suporte material, sem uma autoria precisa, sem uma forma perfeitamente fixada no tempo e, portanto, impossível de utilizar na construção acumulativa e crítica da Sabedoria.
Sem livros não há “caminhos”.
F. Fernandes e Milene Santos
Partilhe