José Pedro Paiva toma posse e garante que a FLUC quer continuar “a atrair os melhores”

Pagar as propinas aos melhores alunos e uma biblioteca de livre acesso são duas medidas que o diretor destacou durante a cerimónia.

12 julho, 2017≈ 4 mins de leitura

© UC | Marta Costa

É já a partir do próximo ano letivo que os melhores candidatos ao Ensino Superior que ingressem na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) vão ver a totalidade das propinas pagas durante a licenciatura. “Uma instituição de ensino universitário vive e reproduz-se se for capaz de atrair pessoas de grande qualidade”, afirma José Pedro Paiva, durante a cerimónia de tomada de posse como diretor da FLUC. “Nós temos a obrigação de criar todos os mecanismos possíveis de atrair os melhores”. A medida, implementada já no ano letivo 2017/2018, vai ser para todos os estudantes com média de ingresso na FLUC igual ou superior a 18 valores e envolve o pagamento da propina “durante todo o período de licenciatura desde que tenham aproveitamento”, revela o diretor.

A cerimónia de tomada de posse de José Pedro Paiva, na Sala do Senado, ficou ainda marcada pela revelação da criação de uma “biblioteca de livre acesso com um sistema de requisição de self-service”. O sistema, apesar de já estar criado, ainda não está totalmente implementado. No entanto, José Pedro Paiva acredita que “em quatro ou cinco anos esteja terminado”. Os livros, na FLUC, estão “dispersos por várias salas, fechados como se fossem tesouros”, explica o diretor da faculdade. “O que fizemos foi repensar e transformar todo o edifício numa biblioteca de livre acesso”. Apesar de, na Faculdade de Letras da UC não existir um espaço que consiga juntar todo o espólio da FLUC, a direção assumiu colocar à disposição – na biblioteca de acesso livre – as obras mais recentes, isto é, a partir de 1985. “As mais antigas continuam a ter de ficar no depósito da biblioteca central”, revelou José Pedro Paiva.

“A FLUC foi capaz de fazer uma profunda transformação na oferta formativa”, continua José Pedro Paiva. O diretor da faculdade referiu a reforma como outro dos ponto chave dos últimos anos e que tornou a FLUC distinta “de todas as outras” em Portugal. Os estudantes têm agora “liberdade de escolha relativamente ao percurso escolar”, acrescenta o responsável, para além de “um programa que tem uma dimensão interdisciplinar integrada e sistema de aconselhamento tutorial, por parte dos docentes, que está aplicado a todas as áreas científicas da faculdade”.

A começar o terceiro mandato, José Pedro Paiva sente-se agora “confortável com o que foi feito nos últimos anos”. O diretor da FLUC admite que “os condicionalismos externos” aparentam estar “mais dissipados” e, tal como a equipa, tem agora “um pouco mais de experiência”. Sem deixar de referir a contratação de professores, que apesar de ser um “processo muito difícil”, está agora “em curso”, com a abertura de “nove concursos para professores auxiliares, seis para professores associados e seis para professores catedráticos”, é com “ataraxia”, ou “tranquilidade de espírito”, que José Pedro Paiva assume funções para mais um mandato na frente da Faculdade de Letras.

 

Texto de: Marta Costa
Partilhe