Memórias em conserva

Exposição inserida na 20.ª Semana Cultural da Universidade de Coimbra junta memórias a diferentes tipos de contentores.

06 abril, 2018≈ 3 mins de leitura

© UC | Karine Paniza

Latas de atum, salsicha e outros alimentos em conserva expostos em frigoríficos foram o meio escolhido pelo artista plástico António Azenha para expressar-se. Trata-se, segundo ele, de explorar um “dispositivo expositivo novo”. O Teatro Académico de Gil Vicente foi o lugar escolhido para receber a instalação artística.

“O frigorífico é um contentor que também conserva”, conta o artista. A ideia por trás da obra, como explica António Azenha, é a da conservação e mobilidade das memórias. Acrescenta também que as 112 latas que compõem a obra funcionam como “instalações individuais”. Cada uma reflete um evento, experiência ou memória.

A exposição, que tem a sua inauguração a 6 de abril, marca o encerramento de um período de dez anos de “investigação estética” do artista. António Azenha conta que durante este período explorou diversas maneiras de expor seus trabalhos. O uso dos frigoríficos está relacionado aos novos e modernos museus que estão a surgir e a inovar a forma como se apresenta arte.

O artista revela também que a sua obra serve o propósito de tornar a arte acessível e de ser um “bem consumível”.

As diversas latas que estão nos frigoríficos contêm muitas recriações das memórias e do próprio trajeto do artista. Com o objetivo de difundir a sua arte, António Azenha conclui que “a partir de agora é pegar no contentor e mandá-lo para qualquer lado, e depois ver se ele retorna”.

Mais informações sobre a instalação podem aqui 

 

Vittorio Aranha – Estudante FLUC
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