O projeto Música no Museu começa na Biblioteca Joanina

04 março, 2015≈ 4 mins de leitura

© UC | Marta Costa

Inaugurado em dezembro de 1997, no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), o Projeto Música no Museu, conta hoje com cerca de quarenta e dois museus e centros culturais do Rio de Janeiro. No entanto, não se contentou em permanecer dentro das fronteiras cariocas, tornando-se internacional.

Já na quinta edição em Coimbra, o criador do projeto Sérgio Costa e Silva declara que “a proposta com Portugal é especial, porque iniciámos o projeto Música no Museu internacional aqui”. Para o também diretor do Música no Museu “é um privilégio e uma alegria esta forma de intercâmbio entre Brasil e Portugal através das nossas culturas”. “É uma volta às origens da nossa parte e uma oportunidade de trazer para Portugal o que há de mais expressivo da música brasileira”, acrescenta.

 

 

A pianista convidada para a primeira apresentação mostra-se comovida. “É muito importante poder mostrar a música de Villa-Lobos aqui na Europa, ainda mais numa biblioteca como esta”, refere. “Para mim, é um momento emocionante”. Sylvia Thereza explica o porquê da importância de  tocar Villa-Lobos dentro de um contexto histórico: “ele foi o primeiro músico brasileiro a preocupar-se com a juventude do nosso país (Brasil). Foi ele que criou o método orfeónico para que se ensinasse música nas escolas públicas”, finaliza a artista.

 

 

“Eu já participo nas apresentações do projeto Música no Museu há mais de dez anos”, destaca Victor Somma, flautista convidado para o primeiro evento. “Vou fazer uma participação no recital da Sylvia e vamos tocar uma adaptação que fizemos de uma peça de Villa-Lobos que se chama O Canto do Cisne Negro, uma peça belíssima para violoncelo e piano, mas que vamos fazer com flauta e piano”. O artista vai ainda apresentar uma música da sua autoria para flauta solo chamada Ide.

Incluído nas comemorações dos 725 anos da Universidade de Coimbra, o Projeto Música no Museu tem como convidados para a sessão de 4 de março, Sylvia Thereza no piano e  Victor Somma na flauta. Já no dia 6 de março, Licia Lucas, pianista e presidente da Academia Brasileira de Música, é a escolhida para o segundo espetáculo. Segue-se Maria Helena Andrade, a 30 de junho, e  para encerrar o ciclo, a 6 de setembro, Artur Simmer, também pianistas. Todos os eventos realizam-se na Biblioteca Joanina.

Para saber mais sobre o projeto Música no Museu visite aqui. Conheça toda a programação das comemorações dos 725 anos da Universidade de Coimbra aqui.

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