A procura da Fórmula de Deus

06 abril, 2015≈ 3 mins de leitura

© UC | Marta Costa

Decifrar uma fórmula para a criação de uma bomba nuclear de baixo custo ou provar cientificamente a existência de Deus podem parecer extremos mas não são. O livro A Fórmula de Deus, de José Rodrigues dos Santos, que junta estes elementos, é trazido à vida pela companhia de teatro Fatias de Cá.

“O percurso do meu personagem é complicado, mas acho que bem feito. Vamos convidar o espetador a pensar e seguir o raciocínio e a descobrirmos em conjunto se é impossível ou não provar a existência de Deus”, declara Ruy de Liceia, interprete de Tomás Noronha, o protagonista da história.

Escapar a perseguições, ser traído, apaixonar-se… São muitos os elementos que podemos encontrar nessa história. A emoção é tanta que nem todos os personagens conseguem sair ilesos: “Eu entro e morro” revela Mário Gomes Pais, outro integrante da peça.

Eu entro e morro

“Os dois cenários principais da obra são a Universidade de Coimbra e o Irão” revela Carlos Carvalheiro, encenador da peça. Diferente de outras companhias, o Fatias de Cá tem uma forma pouco convencional de se apresentar. Há uma deslocação de espaço, ou seja, em vez de apenas ocorrer uma mudança de cenário “preferimos que seja o público a mudar de sala. E nesse sentido, cria-se uma espécie de deambulação em que a convenção do teatro do aqui e do agora pode ser facilitada pela existência de um novo cenário”, destaca o encenador que também é diretor do grupo.

Da mesma forma que a história se vai revelando, também os atores vão mostrando pouco a pouco as suas preferências. “Há várias partes que eu gosto”, conta Paula Queirós. “Gosto da parte de decifrar o enigma e acho muito emotiva a parte com o pai, a situação que vai decorrendo e quem já leu o livro sabe. Mas eu não posso dizer mais senão perde a magia. As pessoas têm que vir descobrir”, finaliza a cicerone que vai acompanhar o público durante a peça.

Inserida nas comemorações dos 725 anos da Universidade de Coimbra, a peça A Fórmula de Deus realiza-se alternadamente entre o Colégio de Jesus e o Museu Machado de Castro, todos os domingos, de 12 de abril até 28 de junho às 15h15. Saiba mais aqui.

 

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