Ação Conjunta CHRODIS lança relatório de análise da situação sobre a diabetes na Europa

O relatório ajuda a identificar os elementos críticos e as barreiras para o desenvolvimento, a implementação e a sustentabilidade dos Planos Nacionais da Diabetes na Europa.

07 abril, 2016≈ 4 mins de leitura

© UC | Helena Grilo

No Dia Mundial da Saúde que se assinala hoje, 7 de abril, a Ação Conjunta CHRODIS (JA-CHRODIS – Joint Action on Chronic Diseases and Promoting Healthy Ageing Across the Life Cycle), em que colabora a Universidade de Coimbra (UC) através do consórcio Ageing@Coimbra, lança um relatório de análise de políticas que ajuda a identificar os elementos críticos e as barreiras para o desenvolvimento, a implementação e a sustentabilidade dos Planos Nacionais da Diabetes (National Diabetes Plans – NDP’s) na Europa.

O relatório de análise de políticas tem como objetivo apoiar os esforços dos países para construir uma estratégia bem-sucedida e abrangente para a prevenção e gestão da diabetes e as doenças crónicas. Inspira-se num mapeamento dos NDP´s na Europa e pretende facilitar o intercâmbio de boas práticas.

Os dados mais recentes da Federação Internacional da Diabetes referem que, em 2015, 415 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com diabetes

Embora os países da Europa tenham feito progressos no desenvolvimento de uma política de resposta sistemática para a diabetes, o investimento realizado e a implementação de estratégias globais para a prevenção e tratamento da doença tem variado, mas a diabetes continua a aumentar e coloca desafios importantes para os indivíduos e os sistemas de saúde.

Os dados mais recentes da Federação Internacional da Diabetes (IDF) referem que, em 2015, 415 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com diabetes. A doença acarreta encargos individuais, sociais e económicos elevados. Na Região Europeia estima-se que a diabetes seja responsável por 9% da despesa total em saúde.

O relatório de análise de políticas identificou uma série de fatores que facilitam o desenvolvimento, a implementação e a sustentabilidade dos Planos Nacionais de Diabetes (NDP’s). Estes incluem a liderança nacional (ou regional), o envolvimento de múltiplos stakeholders, a representação dos pacientes no desenvolvimento do plano e implementação e os recursos dedicados, entre outros.

Os principais desafios identificados incluem a necessidade de os países avançarem no sentido de uma abordagem mais abrangente e intersectorial para a diabetes e colocarem em prática mecanismos eficazes para a implementação, acompanhamento e avaliação dos NDP’s. Isso permitirá aos países a aprendizagem pela experiência, e a aplicação do seu conhecimento nas doenças crónicas.

O relatório de análise de políticas foi coordenado pelo NIJZ (Instituto Nacional de Saúde Pública da Eslovénia) e pelo ISS (Instituto de Saúde Italiano). Está a ser lançado no Dia Mundial da Saúde 2016, que incide sobre diabetes, e tem como objetivo desencadear ações específicas, eficazes e acessíveis para combater a doença.

A diabetes está também no centro das preocupações da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC). Estão em curso projetos de investigação científica que avaliam potenciais abordagens terapêuticas, nomeadamente da retinopatia diabética, que é a principal causa mundial da cegueira em adultos em idade ativa e uma das principais complicações da doença.

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