Aluna da Universidade de Coimbra premiada em Macau

A aluna de Mestrado do Departamento de Arquitetura da UC venceu o Golden Lotus International Design Competition for Students em Arquitetura e Paisagem, da MIF – Macao International Trade and Investment Fair.

13 novembro, 2015≈ 4 mins de leitura

Inês Ribeiro, aluna de Mestrado do Departamento de Arquitetura (DARQ) da Universidade de Coimbra (UC), venceu o ” Golden Lotus International Design Competition for Students” em “Arquitetura e Paisagem”, da MIF – Macao International Trade and Investment Fair.

O projeto é resultado de um ano de investigação desenvolvida na disciplina de Projeto V, no ano letivo de 2014-2015, e enquadra-se no The Macau-Coimbra Project que promoveu a investigação acerca das metamorfoses do território de Macau.

Para Inês Ribeiro, «é um privilégio e uma honra ver o trabalho de um ano intensivo ser premiado internacionalmente. Significa que o esforço que implica a nossa formação é compensatório, e é também uma motivação para continuar o trabalho e dedicação em arquitetura.»

É ainda mais gratificante para mim devido ao facto de o trabalho ter sido desenvolvido em Macau

«É ainda mais gratificante para mim devido ao facto de o trabalho ter sido desenvolvido em Macau, implicando uma dificuldade acrescida, que existe sempre que se desenha um projeto arquitetónico para uma comunidade em que não se está inserido, e que compreende vivências e linguagens de cidade muito diferentes das ocidentais», afirma a aluna do DARQ.

O trabalho académico desenvolvido prevê que se desenhe uma proposta de linha de Metro Ligeiro para Macau, como alternativa à solução que se encontra em construção neste momento, bem como um desenho renovado do waterfront e skyline da Península.

Tendo em conta as necessidades locais, o projeto M + OO (M+Infinite), que se desmembra em Estação de Metro, Hotel, Mercado Urbano e espaços comerciais, é uma resposta à histórica conexão com a água que desde sempre existiu em Macau.

Assim sendo, o objetivo primordial traduz-se na criação de espaço público e de movimentos urbanos que potenciem a criação de eixos urbanos de conexão do interior da cidade com o aterro sobre a água, onde se localiza o programa principal.

Ao nível do interior da malha urbana, desenha-se uma Estação de Metro que incorpora um programa público, que potencia a criação de espaços vividos, com vida urbana. No aterro sobre a água, desenha-se um complexo amplo, transparente, de linhas rígidas e retilíneas, rasgadas pela alameda pedonal que marca toda a nova waterfront. Como reflexo de todo o conceito explicitado, nasce no interior do complexo um espaço público, denominado Space (Infinite Space) que, simbolizando o infinito, representa um espaço limitado mas com infinitos movimentos e encontros urbanos.

A configuração espacial, a curva e a diagonal surgem em resposta provocante à arquitetura megalómana e formatada dos casinos presentes no território, recorrendo à ideia de megaestrutura mas desconstruindo-a numa cobertura que cria um objeto marcante mas que, devido à sua transparência, permite ao transeunte a perceção da cidade em comunhão com a água.

 

 

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