Ato Contínuo no Colégio das Artes da UC

01 junho, 2015≈ 3 mins de leitura

© UC | Marta Costa

O Laboratório de Curadoria do Mestrado em Estudos Curatoriais da Universidade de Coimbra (UC) inaugura, no próximo dia 5 de junho, o segundo momento do Ciclo de Intervenções – Ato Contínuo. A iniciativa tem lugar na Galeria do Colégio das Artes, pelas 17 horas.

O Ciclo, iniciado com o artista João Fiadeiro, prossegue agora com a apresentação de três dos primeiros ensaios fílmicos do jovem artista Gabriel Abrantes, bem como dos aclamados e internacionalmente premiados “Olympia I” e “Olympia II”. Por ocasião desta exposição, surge ainda uma programação colaborativa com a Casa das Caldeiras, com estreia marcada para as 19:30h, onde serão exibidos filmes mais recentes deste artista.

Para nós o corpo é pensante e criador, no espaço e no tempo

O projeto do Laboratório de Curadoria procura ser um espaço reflexivo, questionador e de investigação. Para isso, nesta segunda edição, «reflete sobre o diálogo entre o Corpo e o Espaço, os movimentos que resultem em imagens e atos, produzidos por um Corpo que também é memória, um corpo inteligente, presente e ausente», expressam os promotores.

«Para nós o corpo é pensante e criador, no espaço e no tempo. É criador de movimento e ação, de uma passagem/percurso que deixa marcas. Inscreve no espaço considerando que todo o movimento é escultórico. Assim, e como nos diz Henri Lefebvre, o espaço não é um contentor onde está o corpo – não há espaços neutros», realçam.

 

 

Gabriel Abrantes – Nasceu em 1984 nos EUA, vive e trabalha em Lisboa e Genebra. Estudou na Cooper Union for the Advancement of Science and Art , na L’Ecole National des Beaux-Arts (Paris) e no Fresnoy Studio National des Arts Contemporains. Realizou 18 curtas-metragens nos últimos 8 anos, definindo muitas das suas provocantes narrativas em contextos tão diversos como o Sri Lanka, Haiti, Angola Brasil, Argentina, França e Portugal. Os seus filmes estrearam em prestigiados festivais como o Locarno Film Festival, La Bienal de Veneza, a Berlinale, Toronto International Film Festival, bem como em museus, como MIT Lista Center em Boston, Palais de Tokyo e MAMVP em Paris, ou de Serralves. O seu trabalho já foi distinguido com diversos prémios, como o Pardi ouro para melhor curta-metragem em Locarno 2010 (A History of Mutual Respect, co-realizado com Daniel Schmidt), e nomeado para o EFA da Berlinale de 2014 (Taprobana).
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