Ciclo de Palestras sobre Física das Partículas
Ciclo decorre entre os dias 20 e 22 de abril no Anfiteatro do Laboratório Chimico.
No âmbito da exposição “Partículas – do bosão de Higgs à matéria escura”, patente no Colégio de Jesus do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (UC) até dia 23 de abril, vai decorrer esta semana, no Anfiteatro do Laboratório Chimico, um ciclo de palestras sobre a temática das partículas.
A primeira decorre já na próxima quarta-feira, dia 20 de abril, pelas 17 horas. Francisco Neves e Alexandre Lindote vão abordar “O Enigma da Matéria Escura”.
O processo permite não só compreender como as partículas interagem, mas também as leis fundamentais da natureza
«Toda a matéria que conhecemos, e que constitui as estrelas, planetas — e até nós próprios — constitui apenas 5% do Universo. O restante provém da matéria escura (27%) que assegura, entre outras coisas, que as estrelas não saiam disparadas das galáxias (mas que nunca foi detetada diretamente!), e da ainda mais misteriosa energia escura (68%)», observam os investigadores. Nesta palestra vão ser discutidas «as várias evidências que nos levam a acreditar na existência da matéria escura e as diversas experiências que procuram detetá-la diretamente — com especial destaque para a experiência LUX, a mais sensível destas experiências a nível mundial e em que participa uma equipa portuguesa, do LIP.»
Na quinta-feira (21 de abril), às 16h30m, decorre a segunda palestra intitulada “Detetores de Partículas”. Alberto Blanco vai falar sobre «os conceitos fundamentais da tecnologia de detetores de partículas. Com um especial enfoque em trabalhos onde os investigadores do LIP estão envolvidos, desde os detetores das grandes experiências de física de partículas a física médica.»
O ciclo encerra na sexta-feira, dia 22 de abril, às 16 horas, com a palestra “Aceleradores de Ciência”, proferida por Susana Amor dos Santos e Bruno Galhardo.
Numa breve introdução à física de partículas e como a sua compreensão permite explorar a estrutura fundamental do Universo, os oradores vão explicar como é possível «estudar os constituintes básicos da matéria, utilizando os maiores e mais complexos instrumentos científicos: aceleradores, como o LHC no CERN, e detetores, como o ATLAS.»
«As partículas são aceleradas a velocidades próximas das da luz e colidem no interior de detetores gigantescos. O processo permite não só compreender como as partículas interagem, mas também as leis fundamentais da natureza», explicam Susana Amor dos Santos e Bruno Galhardo.
A exposição “Partículas – do bosão de Higgs à matéria escura” integra-se nas comemorações dos 30 anos do LIP – Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas.