Conhecer as constelações através da visão e do tato

24 setembro, 2015≈ 3 mins de leitura

© UC | Thaíssa Neves

Como é que podemos ver as estrelas quando não podemos ver? As constelações, o espaço e a astronomia tornam-se palpáveis e materializam-se para “ver com as mãos”. O que começou por ser a apresentação do livro “Antares no coração das estrelas”, tornou-se uma aventura no Planetário do Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra (OGAUC). “Astronomia para cegos” é uma atividade inclusiva que juntou a Associação de Cegos de Portugal (ACAPO), o OGAUC e o Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste.

Queríamos ver como era ter uma constelação e fazer com que as crianças invisuais conseguissem ter uma percepção do que é a astronomia

“Uma iniciativa como esta, sobre astronomia para cegos e amblíopes, é um grande desafio. A astronomia é uma coisa para ver e, muitas vezes, esquecemo-nos que nós também podemos ver com as mãos”, destaca Nuno Peixinho, coordenador da unidade de promoção cientifica do OGAUC.

No livro,  “Antares no coração das estrelas”, a personagem principal foca a constelação de escorpião. E, através de uma montagem física de um escorpião, as estrelas ficaram à distância de um toque. Atreladas ao modelo estavam bolas ligadas entre si, numa representação da constelação que permitiu aos participantes “ver com as mãos”. “Queríamos ver como era ter uma constelação e fazer com que as crianças invisuais conseguissem ter uma percepção do que é a astronomia a olhar o céu”, finaliza Nuno Peixinho.

A sessão previa ainda a narração oral e musical do livro, numa parceria entre a Recortar Palavras, a ACAPO e o OGAUC. A sessão conjunta de astronomia realizou-se a 23 de setembro.

 

escorpião constelação

 

Reportagem realizada por Thaíssa Neves, estagiária Projeto Imagem, Media e Comunicação da Universidade de Coimbra.

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