Fundação Europeia para o Estudo da Diabetes financia investigação da Universidade de Coimbra

A FEED comprometeu-se em financiar investigação dos países europeus num valor que ascenderá a 100 milhões de euros, procurando alertar para a severidade e magnitude desta doença.

29 fevereiro, 2016≈ 3 mins de leitura

© UC | Helena Grilo

A Fundação Europeia para o Estudo da Diabetes (FEED) atribuiu um financiamento de 100 mil euros a um grupo de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) para estudar feridas crónicas da diabetes que podem causar infeções graves e amputação, como é o caso do pé diabético.

Eugénia Carvalho, líder da equipa, explica que «vai ser investigado o contributo conjunto de pequenas moléculas e “peptídeos” nestas feridas, recorrendo a estudos in vitro e pré-clínicos, que nos possam conduzir a ensaios clínicos com humanos num futuro próximo.»

vai ser investigado o contributo conjunto de pequenas moléculas e “peptídeos” nestas feridas, recorrendo a estudos in vitro e pré-clínicos

O financiamento da FEED significa «que nos encontramos a realizar investigação de grande importância para a saúde pública mundial, segundo os especialistas neste tema, caracterizada por ideias novas que recorrem a técnicas inovadoras», sublinha a investigadora.

«A distinção sai reforçada no atual quadro de financiamento para a investigação científica, quer a nível nacional quer a nível europeu, em que existe uma enorme competição nas verbas para as áreas da investigação biomédica», acrescenta Eugénia Carvalho.

A úlcera crónica do pé diabético ocorre em cerca de 20% dos doentes diabéticos, calculando-se que a diabetes poderá afetar cerca de 552 milhões de adultos em 2030, segundo a Federação Internacional da Diabetes. A infeção está relacionada com 85% das amputações e não existe, até ao momento, terapia adequada que elimine a necessidade de amputação.

O estudo do CNC vai ser realizado em colaboração com a Universidade de Roskilde, na Dinamarca.

A FEED comprometeu-se em financiar investigação dos países europeus num valor que ascenderá a 100 milhões de euros, procurando alertar para a severidade e magnitude desta doença.

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