Investigadores da UC criam sistema capaz de reduzir custos na conta de energia

A aplicação inteligente pode ser utilizada a partir de dispositivos como computadores, telemóveis ou "tablet"

03 setembro, 2015≈ 4 mins de leitura

© UC | Thaíssa Neves

Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) criaram um sistema de gestão de armazenamento de energia em residências que possibilita uma redução de trocas de energia com a rede de cerca de 77 por cento e uma redução média da tarifa de eletricidade de 87 por cento.

O sistema é um protótipo de hardware e software que visa controlar os recursos energéticos existentes numa habitação, nomeadamente através de painéis fotovoltaicos e de armazenamento. Relacionando diversas variáveis -ambientais, temperatura exterior, preços de energia, eletrodomésticos disponíveis e as preferências do consumidor – o objetivo é fazer uma otimização integrada de todos os recursos energéticos para otimizar as contas de eletricidade.

Há uma “necessidade de arranjar soluções de compromisso”, afirma Carlos Henggeler. O coordenador de investigação esclarece que a equipa procura “soluções equilibradas entre a minimização do consumo de energia elétrica tirando partido da otimização integrada de todos estes recursos energéticos e reduzir também a eventual insatisfação que o consumidor possa ter”.

A nossa intenção final é dispor de um protótipo integrado

A investigação, atualmente em curso no âmbito na Iniciativa Energia para a Sustentabilidade (EfS) da UC, focou-se nos “edifícios de balanço energético quase nulo”, com base no consumo médio de uma residência em Portugal e dados reais da variação solar na cidade de Coimbra. O próximo passo é “no âmbito do desenvolvimento do hardware e sobretudo agora numa segunda fase de integração do software de otimização  no protótipo de hardware que está em desenvolvimento”, desvenda o docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC (FCTUC).

Tanto a aplicação inteligente para a gestão de energia,  que pode ser utilizada a partir de dispositivos  como computadores, telemóveis ou “tablet”, como o protótipo de hardware foram desenvolvidos no âmbito do projeto EMSURE, a partir de diferentes vertentes de desenvolvimento. “A nossa intenção final é dispor de um protótipo integrado”, explica Carlos Henggeler. Depois do hardware, pretende-se criar “a inteligência computacional que faz a otimização integrada dos recursos energéticos e ter tudo sob a forma de um dispositivo que possamos instalar numa residência”, conclui o docente.

Carlos Henggeler é docente no Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da FCTUC e coordenado a linha de trabalho “Utilização Inteligente de Energia nas Cidades” integrada pro projeto EMSURE – Energia e Mobilidade para Regiões Sustentáveis

 

 

Reportagem realizada por Thaíssa Neves, estagiária Projeto Imagem, Media e Comunicação da Universidade de Coimbra.

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