Investigadores da UC premiados pela Fundação Europeia para o Estudo da Diabetes

27 junho, 2019≈ 3 mins de leitura

© UC | Paulo Amaral

Um consórcio de vários grupos de investigação da Universidade de Coimbra (UC) foi premiado pela Fundação Europeia para o Estudo da Diabetes (EFSD) com um financiamento de 100 mil euros para um projeto que visa estudar novos marcadores das complicações dessa doença.

O projeto de natureza interdisciplinar – que congrega investigadores do Coimbra Institute for Biomedical Imaging and Translational Research/Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (CIBIT/ICNAS), do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra/Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (iCBR/FMUC), do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC) – vai combinar a imagem médica com abordagens bioquímicas, para explorar três novas formas de medir ou identificar alterações na diabetes. “Este projeto permitirá identificar marcadores precoces de complicações da diabetes, com impacto claro na qualidade de vida dos doentes”, sublinha Miguel Castelo-Branco, coordenador do estudo científico – que envolve também Leonor Gomes e Carolina Moreno (investigadoras clínicas), Paulo Matafome (de investigação básica em modelos de animais de diabetes) e Bruno Manadas (das áreas emergentes de metabolómica e proteómica).

Os três novos marcadores, que vão ser estudados pela equipa de investigação da UC, permitirão explorar caminhos muito diferentes para medir ou identificar alterações na diabetes. A primeira medida identifica alterações muito iniciais da regulação nervosa da irrigação sanguínea. A segunda explora novos métodos de imagem – baseados em ressonância magnética e PET (Tomografia por Emissão de Positrões) – para estudar o metabolismo e o stress celular. A terceira usa abordagens bioquímicas para analisar os efeitos perniciosos do excesso de ligação de glicose a proteínas e lípidos (glicação). O objetivo da equipa multidisciplinar é que, com recurso à inteligência artificial, seja possível potenciar a deteção precoce destas alterações no organismo dos doentes diabéticos.

O prémio da EFSD “vem também salientar a relevância do trabalho colaborativo entre várias entidades que, ao longo dos últimos anos, têm estudado as complicações da diabetes (tanto em modelos humanos como animais, incluindo o coração, cérebro, fígado, tecido adiposo e a retina)”, conclui Miguel Castelo-Branco.

 

Rui Marques Simões
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