Jogos Europeus Universitários: Estádio é o legado mais visível

30 julho, 2018≈ 5 mins de leitura

© UC | Marta Costa

Depois da despedida dos Jogos Europeus Universitários Coimbra 2018 – com pleno êxito, organizativo e desportivo, para a Universidade de Coimbra (UC) – celebra-se o legado, para a instituição e para a cidade, do maior evento multidesportivo alguma vez realizado em Portugal. O principal destaque vai, claro, para o renovado Estádio Universitário de Coimbra (EUC), que recebeu a cerimónia de encerramento da competição (no passado sábado, dia 28), depois de ter sofrido obras de remodelação no valor de cerca de 4,5 milhões de euros.

“Um dos principais legados dos jogos é a profunda renovação do Estádio Universitário de Coimbra. A sua vetusta idade de 55 anos já o requeria há muito. O EUC ficou capaz de receber a maior parte do programa dos Jogos mas, mais do que isso, melhoram muito as condições de funcionamento da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física (FCDEF) e ficou com plena capacidade para acolher a atividade desportiva da Universidade de Coimbra/Associação Académica de Coimbra, e de todos os membros da comunidade da UC, durante mais umas dezenas de anos”, sublinha o Reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva.

Esta profunda remodelação do complexo desportivo da margem esquerda do rio Mondego (com algumas infraestruturas gerais e espaços letivos ainda em fase de conclusão) tem o custo de cerca de 4,5 milhões de euros, sendo 1,1 milhões provenientes de um financiamento da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) através do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), e os restantes 3,4 milhões verbas da própria UC. Não foi possível obter qualquer outro apoio, do Governo ou outra entidade, local, nacional ou internacional. “Este notável esforço só foi possível graças aos meios financeiros libertados por uma gestão financeira muito cuidadosa, cuja parte essencial foi a recuperação de verbas antigas pela administração da UC, sob o impulso da Dra. Teresa Antunes, e um enorme controlo de custos por parte do Vice-reitor Vítor Murtinho” destaca João Gabriel Silva.

Destas obras, feitas “com muita preocupação com a sustentabilidade, quer garantindo grande durabilidade das obras feitas, quer introduzindo um sem número de mecanismos para obter boas condições de funcionamento”, como esclarece o Reitor da Universidade de Coimbra, destaca-se o seguinte:

– O Pavilhão 1 foi totalmente renovado, por 920 mil euros.

– No Pavilhão 2, o que estava em pior estado, a parte desportiva já está pronta, ficando a letiva pronta em breve: a FCDEF vai dispor finalmente de um anfiteatro de 200 lugares, entre outras instalações letivas. A sua renovação custará 1,13 milhões de euros.

– A renovação do Pavilhão 3, que é mais recente, custou 486 mil euros.

– O campo sul, antes conhecido por campo pelado, é agora um moderno campo de relva sintética, de grande qualidade, com iluminação, sistema de drenagem, sistema de rega, vedação. Tudo assegurado por 571 mil euros.

– Os espaços de circulação e as infraestruturas gerais do EUC (gás natural, fibra ótica, eletricidade, água, esgotos, etc), muito degradados ou inexistentes, foram inteiramente recuperados inteiramente. Falta completar a iluminação e plantar muitas árvores, atividades que estão já em curso. O valor total é de 547 mil euros.

– A funcionalidade da tribuna do campo principal vai ser reposta, por cerca de 167 mil euros, ficando para outra oportunidade a recuperação integral da cobertura, uma obra que será bastante cara.

– O piso dos campos de ténis exteriores foi refeito, num valor de 48 mil euros.

– Está em projeto e será em breve lançada a obra de remodelação do edifício administrativo, localizado junto ao Pavilhão 1, para acomodar os serviços administrativos e a direção da FCDEF, bem como os gabinetes da maior parte dos seus professores, para além da administração do EUC e o Gabinete do Desporto da UC. Estima-se um custo de 600 mil euros.

Com estas empreitadas, fica completo este legado dos Jogos Europeus Universitários, que animaram Coimbra entre 15 e 28 de julho. A Universidade de Coimbra – recorde-se – terminou a competição no primeiro lugar do medalheiro, com 11 medalhas – cinco de ouro, duas de prata e quatro de bronze. Canoagem (seis vezes), remo (duas), judo (uma), râguebi de sete (uma) e futsal (uma) foram as modalidades em que a equipa-anfitriã subiu ao pódio.

Para o futuro, ficam a recuperação da pista de atletismo e da tribuna do estádio, assim como a construção de uma residência universitária de suporte à carreira dual: “empreitadas que espero que no futuro venham a ser concretizadas, tal como a cedência formal de parte da Escola Silva Gaio para acolher a FCDEF”, conclui João Gabriel Silva.

 

Rui Marques Simões
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