Molécula patenteada pela UC para terapia inovadora no tratamento de vários tipos de cancro foi testada com sucesso em pessoas

Um grupo de 14 doentes foi submetido a uma terapia com Redaporfin e um deles ficou sem sinais do tumor.

05 janeiro, 2017≈ 3 mins de leitura

© UC | Marta Costa

A molécula Redaporfin, descoberta na Universidade de Coimbra (UC), foi pela primeira vez testada numa terapia fotodinâmica em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço. Como consequência do teste, um doente que se encontrava em cuidados paliativos ficou sem sinal do tumor. Espera-se que o primeiro fármaco oncológico português possa ser opção terapêutica em 2022.

A terapia fotodinâmica com Redaporfin permite combater de forma muito eficaz as células cancerígenas. Segundo Luis Arnaut, diretor da Química Medicinal deste projeto, a face mais inovadora deste tratamento “é o facto de a terapia estimular o sistema imunitário do paciente, ou seja, a terapia limita o processo de metastização do tumor. Simplificando, o sistema imunitário fica de alerta e ativa a proteção anti-tumoral contra o mesmo tipo de células cancerígenas noutras partes do organismo.”

Apesar destes primeiros resultados dos ensaios em pessoas ainda não terem sido publicados em qualquer revista científica, recorde-se que vários estudos e experiências realizadas em ratinhos, entre 2011 e 2014, provaram a eficácia da molécula Redaporfin.

Um estudo publicado em julho de 2016 no European Journal of Cancer, demonstrou que 86% dos ratinhos com tumores diversos que foram tratados com esta tecnologia, seguindo exigentes protocolos de segurança, ficaram curados e não se observaram efeitos secundários como acontece com os tratamentos convencionais, como a quimioterapia e que taxa de reincidência da doença é muitíssimo baixa.

 

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