“O Universo da Física de Partículas em que Vivemos”, por António Onofre

24 maio, 2019≈ 3 mins de leitura

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Acontece no Rómulo Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra mais uma palestra inserida no ciclo “Ciência às Seis – Terceira temporada“. O evento dedicado ao tema “O Universo da Física de Partículas em que Vivemos”, conta com a participação de António Onofre, físico de partículas e investigador do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP).

A sessão com o investigador do CERN e docente da Universidade do Minho vai acontecer a 29 de maio, quarta-feira, pelas 18 horas e a entrada é livre.

 

Sinopse da palestra:
Desde os seus primeiros momentos de existência e logo após esse momento singular conhecido por “Big Bang”, o Universo que observamos e conhecemos tem-se revelado aos nossos olhos de uma forma surpreendente. Após um período inicial de inflação rápida, o Universo arrefeceu o suficiente para permitir a formação de partículas sub-atómicas, mais pequenas (e mais leves) do que um átomo. Estas partículas, mais tarde, combinaram-se nos átomos que conhecemos hoje em dia e deram origem á estrutura da matéria que nos rodeia i.e., estrelas e galáxias do Universo visível.  Apesar de todo o conhecimento acumulado até hoje sobre as partículas fundamentais já observadas experimentalmente e as interações entre elas, apenas é possível descrever teoricamente cerca de 5% do nosso Universo.  Os restantes 95% encontram-se divididos por Matéria Escura (provavelmente não constituída por matéria convencional) e Energia Escura (responsável pela expansão acelerada do Universo), para os quais não possuímos qualquer explicação. As questões deixadas em aberto, fazem-nos refletir sobre o momento particular em que vivemos, numa época e num tempo, em que se sabe descrever 5% do Universo observado, mas se deixa sem qualquer explicação, os restantes 95%, que se sabe existirem. Nesta palestra, será feita uma reflexão sobre o estado atual do conhecimento das partículas e interações fundamentais conhecidas e do papel relevante de algumas delas na estabilidade do nosso próprio Universo, incluindo o papel determinante do bosão de Higgs, recentemente descoberto no LHC, no CERN.

 

Rómulo CCVUC
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