“Onde estão as fronteiras da Física? Da matéria e energia escura aos sistemas complexos” de Carlos Fiolhais no Rómulo
“Onde estão as fronteiras da Física? Da matéria e energia escura aos sistemas complexos” é o nome da palestra que Carlos Fiolhais vai realizar no Rómulo Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra.
A iniciativa acontece a 28 de abril pelas 18 horas e integra-se no ciclo Fronteiras da Ciência, coordenado por António Piedade, e que decorre até julho.
A palestra tem entrada livre e dirige-se ao público em geral.
Sinopse da palestra:
Nos últimos 50 anos obteve-se um modelo padrão da física de partículas e forças fundamentais e um modelo padrão da cosmologia, os dois relacionados um com o outro. No CERN descobriu-se o Higgs, coroa de glória do modelo padrão. Mas este modelo é insatisfatório: procuram-se hoje teorias de superunificação. A teoria da relatividade geral foi confirmada com a recente descoberta de ondas de gravidade. Mas falta uma teoria quântica da gravidade. Dos céus surgiram dois enigmas: a matéria negra (procuram-se no CERN partículas dela) e a energia escura. E permanecem mistérios como a assimetria de matéria e a inflação.
Uma outra fronteira da Física é a complexidade: Os computadores avançaram extraordinariamente assim como os algoritmos que usam. A química, a ciência dos materiais e a biologia ficaram ao alcance da física. A teoria dos sistemas complexos surgiu graças às novas possibilidades computacionais. Fizeram-se, por exemplo, avanços teóricos na formação de sistemas solares e na síntese biológica, enquanto nos céus se encontravam exoplanetas e se procurava a origem da vida. Os computadores quânticos permitirão decerto avanços em múltiplas áreas. O último reduto do complexo é, decerto, o cérebro e o fenómeno da consciência.