TAGV intensifica a programação na área da performance como espaço de residência e estreias absolutas

Nos próximos dias sobem ao palco do TAGV três momentos de performance, dois deles em estreia absoluta.

17 junho, 2019≈ 5 mins de leitura

© UC | Karine Paniza

Nos próximos dias o Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) acolhe, como espaço de residência, acolhimento ou coprodução, três momentos de performance, dois deles em estreia absoluta. O TAGV intensifica assim a sua programação na área da performance, dando espaço próprio mensal para a apresentação de novos criadores.

Na quarta-feira, 19 de junho, o criador Flávio Rodrigues regressa ao palco do TAGV para a apresentação da performance “Rúptil | na Era dos Castigos Incorpóreos”. Estreado no DDD –Festival Dias da Dança, no Porto, o projeto multidisciplinar e de caráter experimental vai percorrer vários espaços do TAGV. “A dança, a performance, o vídeo, objetos cénicos e paisagens sonoras são alguns dos medium recorrentes que uso para o desenvolvimento de uma obra que caracterizo como autobiográfica e auto referencial: a memória, a identidade, o futuro, a atualidade, a dúvida e o medo são exemplos de matérias ou pontos de partida já explorados em alguns dos meus anteriores projetos – investigações centradas no eu, embora projetadas numa reflexão sobre o outro – global, político e ritual”, conta Flávio Rodrigues. O espetáculo tem início marcado para as 21h30 e duração de duas horas. Os preços variam entre os 7 e os 5 euros.

Para 27 de junho, pelas 21 horas, estreia o projeto de Vanda Madureira “O Desenho Como Potência”. Aqui, a criadora explora “a natureza efémera, intangível e precária da arte da performance, contrapondo-as, simultânea e reversamente, com a sua perenidade, tangibilidade e posteridade através da fixação em vídeo e em fotografia, não enquanto e apenas registos documentais, mas como forma de alargar o âmbito definidor e alcance conceptual da ação performativa (e do próprio desenho, porque é do desenho e enquanto desenho que a minha performance/ação brota e se incorpora).” Durante duas horas, a artista plástica, visual e performativa convida o público a percorrer três momentos: a instalação-vídeo na Sala Branca do TAGV (que está patente até 12 de julho), a performance no palco TAGV, e a conversa “Metabolismos da Performance no Espaço Académico” com Carlos Gordilho, Nelson Guerreiro, Liliana Coutinho e moderação de Fernando Matos Oliveira. A entrada é gratuita.

Finalmente, decorre a 28 de junho, pelas 18h30 e pelas 21h30, a apresentação dos trabalhos de alguns dos artistas participantes na residência artística “Afroeuropeans”, projeto “À Margem do Cinema Português” apoiado pelo Ceis20/UC e financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian. A Sala Branca e o auditório são os locais escolhidos para a apresentação, que tem entrada gratuita.

A residência artística foi organizada no âmbito do projeto de investigação “À Margem do Cinema Português: Estudo Sobre o Cinema Afrodescendente Produzido em Portugal”. Com a participação dos artistas afro-europeus: Benjamin Abras, Silas Tiny, Sofia Rodrigues e Vanessa Fernandes, é coordenada pela investigadora e professora Michelle Sales (UFRJ/CEIS20) com assistência de Jorge Cabrera (Colégio das Artes/ UC) e conta com a participação de Sérgio Dias Branco (UC/CEIS20/LIPA), Pedro Pousada (Colégio das Artes/ UC), Fernando Matos Oliveira (UC/CEIS20/TAGV) e do artista André Feitosa (Colégio das Artes/ UC). O programa teve como objetivo proporcionar espaço criativo e de diálogo para artistas afro-europeus a fim de catalisar novos trabalhos, projetos em comum e formação de novas redes de trabalho e colaboração.

A 1 de julho, pelas 19 horas, vão continuar as apresentações do projeto “Afroeuropeans” no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Para saber mais, veja aqui.

 

Marta Costa (com TAGV)
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