A Meia-Noite do Anozero'21-22 chegou

O programa completo da Bienal de Coimbra Anozero'21-22 está disponível online.

MC
Marta Costa
11 abril, 2022≈ 3 mins de leitura

© UC | Marta Costa

Chegou a Coimbra mais uma edição do Anozero, sob o signo da Meia-Noite. Uma Bienal de Coimbra que "ilumina todo o espaço e representa o que queremos fazer, com a cidade, a região e os artistas, a propósito do próprio símbolo da meia-noite", afirma Delfim Leão. "Esta Bienal exprime de forma intensa as vantagens desse relacionamento", sublinha o Vice-Reitor da Universidade de Coimbra (UC) para a Cultura e Ciência Aberta. Reconhecendo que "a tradição pode ser uma armadilha", Delfim Leão acredita que o "mundo artístico vive na disrupção" e o Anozero, afirma o responsável, "espelha o desejo dotar a reflexão teórica sobre a arte [da Unviersidade] com uma dimensão prática mais intensa".

Na abertura oficial da Bienal de Coimbra, foi ainda destacado "o olhar feminino sobre o mundo", realçado pelas duas curadoras do Anozero 21-22, Elfi Turpin e Filipa Oliveira. Carlos Antunes, da Direção do Centro de Artes Plásticas de Coimbra e do Anozero, sublinhou essa "forma de olhar o mundo e de ver as relações de poder horizontalmente" que contribuíram para o resultado final que se apresenta à cidade. É a primeira vez, realça Carlos Antunes, que são duas mulheres as curadoras do evento em Coimbra.

"A Bienal tem vindo a afirmar-se e a crescer", afirma José Manuel Silva. De acordo com o Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, é um evento que "representa uma das pérolas de cultura em Coimbra e abre-nos as portas, não só da arte contemporânea, mas das outras artes também". Classificado pelo autarca como "excecional", José Manuel Silva garante que o Anozero "honra e orgulha" a cidade.

Elfi Turpin e Filipa Oliveira são as curadoras que, para o Anozero 21-22 foram "inspiradas pela história dos morcegos da Biblioteca Joanina", revelaram. Para participar na Bienal de Coimbra, chamaram cerca de 40 artistas. E é o trabalho destes artistas, com obras criadas especificamente para o evento ou adaptadas para "este ecossistema de Coimbra" que agora são apresentadas.

Ao mostrar "outra maneira de ver, sentir e de estar" também com Coimbra, Elfi Turpin e Filipa Oliveira acreditam que foi possível "criar relação entre os artistas e entre eles a cidade". Para as curadoras o Anozero é "terreno fértil para o futuro".

A inauguração contou ainda com Manuela Júdice, Comissária Temporada Portugal-França 2022 e Dominique Depriester, Conselheiro Cultural da Embaixada e Diretor do Institut Français du Portugal, em representação da Embaixada de França.

Mais informação em anozero-bienaldecoimbra.pt ou 21-22.anozero-bienaldecoimbra.pt

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