Antigos estudantes de Coimbra no Porto celebraram 26 anos da Associação e debateram o papel da Universidade hoje

"Os antigos alunos são um património afetivo único que temos e não podemos perder", sublinhou o antigo presidente do Conselho Geral, Artur Santos Silva.

27 janeiro, 2020≈ 4 mins de leitura

© UC | Marta Costa

Cerca de uma centena de antigos alunos da Universidade de Coimbra reuniu-se para celebrar os 26 anos de atividade da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra no Porto (AAECP). Uma entidade que “é as saudades de Coimbra”, referiu o presidente da Assembleia geral, António Moniz Palme. Para o antigo aluno da Faculdade de Direito, quem saiu da Universidade de Coimbra (UC) “criou uma maneira de ser especial” e o desejo é que a AAECP continue “a lutar por uma associação viva, dinâmica e com um nível cultural muito grande”.

Com a apresentação de um livro comemorativo, a AAECP passou para o papel toda a sua história. “Começou por ter um aspeto memorial, com material arquivado e esquecido”, revelou o presidente da Associação, António Amaro Correia. Engenheiro de formação, o antigo aluno e também um dos fundadores da AAECP revê na obra os vários momentos da associação, com a inserção de vários álbuns do grupo de fados da AAECP, Coimbra Eterna, e dos Coros Dramáticos, que dinamizam. “Queríamos deixar uma obra que continue a estimular uma especial ligação à nossa alma mater“.

“Nós sentimos pela UC um sentimento único”. Para o antigo presidente do Conselho Geral da UC, Artur Santos Silva, o período de estudante de Coimbra, na Faculdade de Direito, “foi o mais feliz da minha vida”. “Coimbra abriu-me horizontes extraordinários, construiu-me amizades. E o capital mais importante é esse, o afetivo”, recordou. Para o antigo estudante, convidado a falar sobre o papel da UC e a sociedade, Artur Santos Silva salienta que “a Universidade é hoje uma instituição com uma capacidade muito maior. Não tem apenas a sua primeira missão, que é de ensinar, mas reforçou muito a segunda, que é investigar”. O antigo presidente do Conselho Geral deixou também um alerta: “A UC tem de ser proativa. O País precisa dela”.

Para refletir sobre o papel da Universidade na sociedade esteve também o Vice-Reitor para os Alumni. João Nuno Calvão da Silva sabe ser “difícil projetar o futuro” no entanto, acredita que, em conjunto, é possível “continuar os desafios que traçámos cada vez com mais vida”. Através de eventos e de livros como o apresentado, “escrito a várias mãos”, é possível “mostrar que as redes estão vivas e que os mais novos podem ajudar a rejuvenescê-las”, acrescentou o responsável.

“As associações de antigos estudantes de Coimbra, independentemente das críticas, têm um papel determinante na sociedade atual”, afirmou António Amaro Correia. De acordo com o presidente da AAECP, são “focos de cultura” que têm como base a projeção da imagem da UC”. E com o objetivo de a “rejuvenescer, tornar maior e mais bem preparada” para o futuro, António Amaro Correia revelou a “abertura a associados amigos da AAECP, pessoas individuais ou coletivas, que se identifiquem com o espírito de Coimbra”.

Veja algumas fotos do evento aqui

Comemorações dos 26 anos da AAECPorto

 

Marta Costa e Karine Paniza

 

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