Bênção das pastas da Queima das Fitas celebrou os “construtores de esperança”
Os finalistas da Universidade de Coimbra encheram a Sé Nova da cidade, enquanto as famílias e amigos assistiram à cerimónia no largo da Feira dos Estudantes.
De capa aos ombros e pasta ao peito, centenas de estudantes foram entrando na Sé Nova de Coimbra de manhã cedo. Em grupo ou sozinhos, seguindo a ordem que lhes era indicada, por faculdade, aguardavam com paciência o bater das 11 horas para a cerimónia que marca o final da Queima das Fitas para os finalistas. Lá fora, familiares e amigos aglomeravam-se pacientemente ao sol, à procura do melhor local para ver e ouvir a cerimónia através dos ecrãs disponibilizados pela organização.
“É uma tradição e eu acho importante participarmos nas tradições”, acredita a estudante de economia da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Rita Ferreira. Também Micael Cordeiro, a terminar o mestrado em engenharia e gestão industrial na Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, afirma que o que o trouxe à cerimónia para além de ser “uma questão de tradição, o cumprir todo e qualquer passo de todas as tradições coimbrãs, enquanto estudante, é uma concretização pessoal”.
Sentada junto aos estudantes com fitas laranja estava Beatriz Coelho. “Para mim é um momento muito simbólico e uma ótima maneira de celebrar o final de cinco anos de trabalho e esforço”, sublinha a estudante de psicologia da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da UC. Com a família lá fora, no Largo da Feira dos Estudantes, e os colegas e amigos ao lado, Beatriz Coelho refere que a Benção das Pastas da Queima das Fitas “é uma forma de, juntos, celebrarmos os anos que passámos a estudar, a divertir e a celebrar Coimbra”.
Aos finalistas “que se vão disseminar pelo mundo”, o Bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, deixou duas palavras: “sabedoria e luz”. “Saber viver é muito mais do que ter um grande cérebro, conhecer ou investigar. Se bem que isso é um auxílio grande”, destacou durante a cerimónia. Virgílio Antunes afirmou ainda que “a nossa Humanidade vive em trevas e preocupação, com motivos para ficarmos apreensivos. E este espírito de luz é uma alusão àquilo que melhor há em nós, melhor há nos outros e que havemos de potenciar e desenvolver”.
O Bispo de Coimbra deixou palavras de esperança para os finalistas da Universidade de Coimbra. “Espírito de sabedoria e luz para viverem em esperança, para serem sempre factores de esperança para a Humanidade”. “Todos depositamos em vocês imensa confiança. Pedimos, nesta benção, que que sejam factores de mudança, verdadeiros construtores de esperança”, acrescentou.
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