No próximo dia 16 outubro, pelas 21h30, o Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) recebe o espetáculo BLUE, de Margarida Montenÿ.
BLUE é um projeto de acrobacia aérea que se alicerça numa reflexão sobre afeto e atrito, íntimo e público, solo e coletivo. Ao longo desta performance contemplativa e intimista são construídos um conjunto de paisagens efémeras, frágeis e breves que servem como teste de durabilidade, tensão e resistência aos quatro corpos em cena.
Margarida Montenÿ é acrobata aérea e performer. Procura uma abordagem transdisciplinar na sua pesquisa e prática coreográfica, as suas criações caracterizam-se por modelos e dispositivos de questionamento do espaço e interação passiva da audiência para com as performances, trabalhando sobre estados de intimidade, força e vulnerabilidade. Em 2024 é distinguida com o Prémio Jovens Artistas – Coliseu Porto Ageas, na área das artes circenses. Entre as suas criações destacam-se BLUE (2023), uma performance entre afeto e atrito que questiona e distende o conceito de Simulacro (2022), criado em parceria com Carminda Soares, um exercício de escuta e intimidade entre corpos queer. Além do seu percurso autoral, tem colaborado como intérprete com estruturas e criadores de diferentes áreas, destacando entre eles Miguel Pereira, Companhia Erva Daninha, Ballet Contemporâneo do Norte e Orquestra Filarmónica Portuguesa, Circo Caótico, Vanda R. Rodrigues / Antípoda, PSirc, entre outros. Encontra-se neste momento em criação para Clamor, projeto com estreia em dezembro de 2025.
Margarida Montenÿ trabalha na área do circo e das artes performativas. Trabalhou profissionalmente com Miguel Pereira, Cláudia Nóvoa, Teatro Musgo, Circo Caótico, Grandpa’s Lab, Liliana Garcia, Companhia Erva Daninha e Daniel Seabra, entre outros. Como criadora, destaca o projeto Simulacro, em parceria com Carminda Soares, uma coprodução do Teatro das Figuras, Teatro Municipal do Porto e Instável – Centro Coreográfico.
BLUE é um espetáculo íntimo e intimista que convida a audiência para dentro do dispositivo cénico. Ao longo da performance cria-se uma atmosfera etérea, reclamando ideias de força e resistência femininas.
BLUE é um projeto de acrobacia aérea que pretende jogar visualmente com a perceção de altura e queda, de equilíbrio e contrapeso, de subtileza e força, através da construção de paisagens efémeras. Ao mesmo tempo o projeto confronta uma das técnicas de circo mais antigas e tradicionais, a corda vertical, com uma estética e abordagem mais experimental ou contemporânea. BLUE parte de um corpo em suspensão numa corda vertical que é sustentado por três outros corpos, isto é, em contrapeso com três outros corpos. São estes três corpos que além de serem responsáveis pelo rigging da performer em suspensão, são responsáveis por todas as ações que acontecem no chão, num jogo de ordem, ritmo e espaço. Sendo assim, a peça trabalha duas ações/ performances distintas em simultâneo: a primeira: um corpo em suspensão, num movimento leve, lento, subtil e quase impercetível, a segunda: um corpo coletivo a trabalhar em conjunto, resistente, cru, veloz. O projeto quer assim questionar a ideia de coletivo, distorcendo o conceito de solo, distendendo-o.
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