Cantar a Língua Portuguesa

06 maio, 2015≈ 5 mins de leitura

© UC | Ana Zayara

A Casa da Lusofonia da Universidade de Coimbra (CLUC) foi pequena para tantos. E, debaixo do teto da CLUC, no final das guitarradas, ouviram-se palmas para a Canção de Coimbra, cantada pelo grupo Mensagem da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (AAC).

A poucos dias da Serenata Monumental da Queima das Fitas, a Divisão de Relações Internacionais da UC (DRI) organizou uma “serenata internacional”. O Fado foi explicado e cantado com o objetivo de o dar a conhecer aos estudantes estrangeiros. “Para que eles possam perceber um pouco do que é o Fado de Coimbra e do que são as tradições académicas”, como afirma uma das organizadoras do evento, Beatriz Barrocas, estagiária na DRI. Segundo a responsável, outro objetivo é fazer com que os estudantes internacionais “se sintam integrados e que sintam que podem fazer parte do que é o Fado de Coimbra”.

Pelo som e pelas palavras dá para perceber bem tudo o que se vive aqui

“Já que estamos a celebrar a língua portuguesa, o que é melhor do que a cantar?”, estas foram as palavras de Fábio Borges para explicar a participação do grupo Mensagem da Secção de Fado da AAC que foi responsável por apresentar o som português Património Imaterial da Humanidade. Segundo o estudante, é uma oportunidade para aqueles que não conhecem o fado, sentirem a música para depois conhecê-la. “Pelo som e pelas palavras dá para perceber bem tudo o que se vive aqui, toda essa magia que se passa aqui em Coimbra, no fado e na canção de Coimbra”, conta.

 

 

A 5 de Maio, data que também assinala o dia da Língua Portuguesa e a Cultura na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Serenata Internacional contou ainda com a participação da Secção de Escrita e Leitura da AAC (SESLA). Com o intuito de promover a cultura da cidade de Coimbra, a SESLA foi representada por Pedro Vaz e Jorge Pires, dirigentes da secção cultural da Académica, que recitaram poetas portugueses, brasileiros e moçambicanos. A iniciativa da DRI foi elogiada por Pedro Vaz que acredita que o evento é como uma oportunidade de dialogar sobre a escrita. Uma “arte que, apesar de óbvia e que está em contacto com todos nós, todos os dias é mais difícil de transmitir”, admite o sócio do SESLA. “Hoje em dia as pessoas têm pouco tempo para falar”, justifica o estudante.

A Casa da Lusofonia da UC esteve repleta de estudantes que procuravam conhecer um pouco mais sobre a cultura coimbrã. “Queria ver algo típico de Coimbra”, afirmou uma estudante que está a estudar Medicina na Faculdade de Medicina da UC ao abrigo de um programa de mobilidade. Também Jéssica, outra estudante de mobilidade, na Faculdade de Letras da UC, considerou o evento uma iniciativa positiva. Através de “um aspeto cultural bem forte”, faz com que o jovem se insira na comunidade estudantil Universidade de Coimbra.

 

Reportagem realizada por Ana Zayara, estudante de Jornalismo da Faculdade de Letras da UC

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