Ciência Viva no Verão em Rede está de volta e promete juntar as pessoas à volta da ciência

"Em Coimbra há mais vida e onde há vida há ciência", sublinhou Carlos Fiolhais durante a apresentação do programa Verão em Rede 2017.

11 julho, 2017≈ 4 mins de leitura

© UC | Marta Costa

“A ciência esteve fechada, não só em gabinetes, mas também em armários fechados”, lamenta o diretor do Rómulo Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra (UC), Carlos Fiolhais. “Estamos a tirar a ciência desses armários e a mostrá-la”. Tem sido assim com a Ciência Viva no Verão em Rede, iniciativa promovida pela Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica – Ciência Viva. Pelo terceiro ano, o Rómulo associa-se ao Café Santa Cruz para dinamizar várias iniciativas no âmbito do programa. Com início a 15 de julho, as ações prolongam-se até 15 de setembro, sendo que, em agosto, o Museu da Ciência da UC associa-se ao projeto.

é para isso que serve a ciência viva: para juntar as pessoas à volta da ciência

Em 2017, o tema das Tertúlias ao Luar é “Ciência em Saúde”, revelaram os responsáveis durante a apresentação do programa no Café Santa Cruz. “Vamos ter nutricionistas, médicos, empresários na área da saúde. Coimbra é conhecida como centro de excelência na saúde, e vamos falar disso ao luar”, acrescenta Carlos Fiolhais. Outra das novidades da edição que está prestes a arrancar, o coordenador do Rómulo Centro Ciência Viva da UC, António Piedade, apresentou ainda a colaboração com o Observatório Astronómico e Geofísico da UC que “abre os seus telescópios” ao público para “contemplar as luas de Júpiter” ou para sessões no planetário. As atividades com o Jardim Botânico da UC ou com o Museu da Ciência da UC (em agosto) também foram destacadas por António Piedade.

“Conseguimos congregar pólos difusores de cultura da UC, e é para isso que serve a ciência viva: para juntar as pessoas à volta da ciência”, realça Carlos Fiolhais. “Estes centros desenvolvem atividades por vezes complementares, mas nesta época do ano, fazemos uma programação combinada, e isso é bom para todos”, sublinha o responsável pelo Rómulo Centro Ciência Viva da UC. O mesmo é defendido por Vitor Marques, do Café Santa Cruz. “Conseguimos atrair um público bastante diferente, miúdos e turistas pela manhã e à noite outro tipo de pessoas, e isso é importante”. Quanto a participar no Verão em Rede, Vitor Marques considera que “é uma iniciativa que contribui decisivamente para tornar o centro histórico mais atrativo”. “Só temos a ganhar com o facto de sermos parceiros, e só através destas parcerias é que estas iniciativas conseguem ir mais longe e de uma forma sustentável”, conclui.

No total, em Coimbra, são 34 as atividades previstas em colaboração com o Jardim Botânico da UC, o Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, o Observatório Geofísico e Astronómico da UC, o Centro de Neurociências e Biologia Celular, o NEDF – Núcleo de Estudantes do Departamento de Física da Associação Académica de Coimbra, a Associação para o Desenvolvimento do Departamento de Física, a Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, a APPACDM – Casa de Chá do Jardim da Sereia, para além do Café de Santa Cruz e do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.

Da rede nacional fazem parte 20 centros Ciência Viva. Em 2017, contam-se mais de 800 iniciativas promovidas em parceria com mais de 100 entidades no Verão em Rede. A programação completa pode ser encontrada aqui.

 

Texto de: Marta Costa
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