Delfim Ferreira Leão eleito para Comité de Aconselhamento da UNESCO em representação da Europa Ocidental e da América do Norte

A crise pandémica revelou a pertinência de uma Recomendação sobre a Ciência Aberta, por iniciativa do Embaixador de Portugal na UNESCO, António Sampaio da Nóvoa, contando com um forte apoio do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heit

11 julho, 2020≈ 4 mins de leitura

© UC | Paulo Amaral

Delfim Ferreira Leão, Professor Catedrático na Universidade de Coimbra, Vice-Reitor para a Cultura e Ciência Aberta, acaba de ser nomeado para integrar o Comité de Aconselhamento da UNESCO para a Ciência Aberta, composto por 30 representantes, representando os grupos eleitorais da UNESCO e especialistas de reconhecido mérito. Na sequência de inúmeras candidaturas e propostas, Delfim Ferreira Leão foi escolhido pela Diretora-Geral da UNESCO proposto pelo Embaixador de Portugal na UNESCO, Professor António Sampaio da Nóvoa, em articulação com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, para representar a Europa Ocidental e a América do Norte neste Comité. Para esta escolha foi importante a experiência de Delfim Ferreira Leão na área, assim como a importância da Universidade de Coimbra no campo da Ciência Aberta.

De 16 a 17 de julho vai decorrer o primeiro encontro do Comité de Aconselhamento da UNESCO para a Ciência Aberta, através de uma conferência virtual, que vai abordar, entre outros temas, os desafios, oportunidades e melhores práticas, assim como as prioridades da UNESCO para as recomendações da Ciência Aberta.

Para Delfim Ferreira Leão, “esta nomeação espelha a crescente centralidade que os decisores políticos, a comunidade científica e a sociedade atribuem à Ciência Aberta, bem como, num plano mais particular, o valor estratégico que a Universidade de Coimbra lhe concede nas suas opções programáticas. Franqueia a entrada num fórum de capital importância internacional, que dará um determinante impulso ao objetivo de democratizar a ciência e de eliminar as barreiras que impedem um acesso mais franco e transversal à tecnologia e à inovação científicas.”

Reconhecendo o potencial da Ciência Aberta para democratizar a ciência e colmatar as lacunas na tecnologia e inovação científica, a UNESCO – por iniciativa de Portugal, nomeadamente através do Embaixador de Portugal na UNESCO, António Sampaio da Nóvoa, contando com um forte apoio do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do XXII Governo de Portugal – pretende criar um instrumento de normalização sob a forma de recomendação.

O papel deste Comité é o de orientar o processo conducente à recomendação e desempenhar funções como fornecer aconselhamento especializado e estratégico; assegurar a concretização dos objetivos do processo; e prestar apoio na angariação de fundos.

O movimento Ciência Aberta emergiu da comunidade científica e ganhou rapidamente uma crescente expressão mundial. A Ciência Aberta, que pressupõe a disponibilização em acesso aberto de dados e publicações, permite a partilha de conhecimento entre a comunidade científica, as empresas e a sociedade, possibilitando aumentar o reconhecimento e o impacto social e económico da ciência.

Esta Recomendação da UNESCO visa construir um consenso global sobre Ciência Aberta através de um processo inclusivo, transparente e consultivo, envolvendo todos os países e todas as partes interessadas.

Espera-se que a Recomendação defina valores e princípios partilhados para a Ciência Aberta, e identifique medidas concretas sobre Acesso Aberto e Dados Abertos, com propostas para aproximar os cidadãos da ciência, que facilitem a produção e disseminação do conhecimento científico em todo o mundo.

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