Dia Mundial da Saúde Mental: Diz sim ao teu bem-estar
Os SASUC aproveitaram o dia 10 de outubro para lançar um ebook de acolhimento, integração e bem-estar na área da Saúde Mental.
Se eu partir um braço, qualquer pessoa me pergunta se estou melhor ou se preciso de ajuda, mas e se me sentir triste todos os dias, como reagem os outros? Estar triste ou ansioso diariamente durante muito tempo não deveria ser o quotidiano de ninguém. Por isso, é importante falar de Saúde Mental.
“Já há bastante tempo que a UC tem investido bastante nesta área da Saúde Mental e do bem-estar e nós temos uma série de iniciativas, de ferramentas que estão disponíveis não só para os estudantes, mas para toda a comunidade [UC]", explica a psicóloga clínica dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC), Maria João Martins.
A Saúde Mental interessa a todos e, de acordo com o Serviço Nacional de Saúde, “é a base do bem-estar geral e diz respeito a um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou à ausência de uma doença mental”.
Atenta a esta realidade, os Serviços de Saúde dos SASUC têm “ofertas específicas” e também “iniciativas mais relacionadas com a integração e acolhimento dos novos estudantes” e também respostas “quer ao nível da prevenção - como ansiedade, depressão -, quer ao nível da intervenção”, como por exemplo no caso da insónia, refere a psicóloga clínica.
Os SASUC disponibilizam consultas de pré-triagem, triagem e de psicologia clínica, tendo também acompanhamento médico, através de consulta de clínica geral e de psiquiatria.
Na área da Saúde Mental, também são disponibilizadas intervenções em grupo com carácter terapêutico e que se focam em temas como a procrastinação, a insónia ou a ansiedade.
É preciso não esquecer que, em 2024, quase um terço da população com 16 ou mais anos apresentava sintomas de ansiedade generalizada, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística.
Mas vamos por partes. “O mal-estar emocional não é necessariamente um sinal de alerta”, porque é normal sentirmo-nos tristes, chateados ou zangados, de acordo com Maria João Martins. Agora estarmos sempre tristes ou sempre ansiosos, ou deixarmos “de fazer coisas que são importantes para nós porque não nos sentimos bem”, como ir às aulas, ou aceitar convites é um sinal de alerta. Tal como também é quando “passamos a fazer coisas que não fazíamos antes porque estamos em sofrimento”, salienta.
Outros aspetos a que devemos estar atentos, em nós e nos outros, prendem-se com o “isolamento social, comportamentos mais estranhos para aquela pessoa, maior agressividade ou maior passividade, a pessoa deixa de ter opinião”, acrescenta Maria João Martins.
Além disso, se os padrões de sono e de alimentação sofrerem grandes mudanças, também é altura de “pedir ajuda especializada”, refere a psicóloga clínica.
Para assinalar o Dia Mundial da Saúde Mental, que se comemora a 10 de outubro, os SASUC lançaram o Guia de Saúde Mental e Bem-Estar. Este ebook pretende contribuir para uma integração e adaptação saudável à Universidade e ao ambiente académico, além de dar dicas e estratégias relacionadas com a Saúde Mental e o bem-estar.
O slogan não é novo, mas não é de mais repetir que não há Saúde sem Saúde Mental.