Estudantes da UC apresentam soluções de acessibilidade para uma cidade “mais inclusiva”

O estudo decorreu no âmbito do projeto UC Social, que procura dar resposta a necessidades identificadas pelas instituições sociais da cidade de Coimbra.

AB
Ana Bartolomeu
22 fevereiro, 2023≈ 3 mins de leitura

© UC l Ana Bartolomeu

Alargar passeios, priorizar rampas e assegurar a manutenção das vias são algumas das soluções apresentadas pelos alunos do Mestrado em Geografia Humana, Planeamento e Territórios Saudáveis da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, no sentido de tornar a cidade mais inclusiva.

No âmbito do projeto UC Social, a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) evidenciou as dificuldades que os utentes com mobilidade reduzida enfrentam diariamente, em particular nos edifícios próximos à instituição. Desenvolvido na disciplina de Planeamento Urbano Saudável, os estudantes realizaram um mapeamento das condições de acessibilidade em três áreas da cidade, onde estão instalados centros da APCC: Celas, zona da Praça da República e Vale das Flores.

Um trabalho que “em boa hora nos associou à Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra”, revelou a docente responsável pela unidade curricular, Paula Santana. “Faz todo o sentido pensar o espaço público para todos”, defende a docente, “incluindo as pessoas com mobilidade reduzida, que pode ser qualquer um de nós, com um carrinho de bebé, com uma perna partida ou até com uma mala de viagem”. Com este estudo pretende-se "levantar barreiras", concluiu.

Os resultados foram apresentados por Antónia Bauer, Rafael Ferreira e Inês Capela no Laboratório de Design Thinking do Student Hub. Além de identificados os locais “mais críticos” no que toca a acessibilidade foram também apresentadas soluções. De forma a garantir a segurança dos peões, os alunos defendem a criação de passeio nas vias onde este é inexistente e que o mesmo tenha a largura mínima de um metro e meio. Entre outras sugestões, as rampas devem ser priorizadas, principalmente nos locais onde existem serviços e comércio, e todas as escadarias devem ter um corrimão que sirva de apoio.

A sessão contou com a presença de técnicos da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra que pretendem dar continuidade a este primeiro levantamento realizado pelos alunos da UC.