Fórum Europeu de Estratégia para as Infraestruturas de Investigação distingue consórcio integrado pela UC

O reconhecimento, que sinaliza o consórcio integrado pela UC como um dos projetos científicos de dimensão pan-europeia mais relevantes para as próximas décadas, acaba de ser anunciado pelo ESFRI.

01 julho, 2021≈ 4 mins de leitura

© UC | Marta Costa

O consórcio internacional de promoção da Ciência Aberta OPERAS (Open Access in the European Research Area Through Scholarly Communication), do qual a Universidade de Coimbra (UC) é uma das co-líderes, foi distinguido como uma das 11 novas infraestruturas de investigação que vão ser incluídas no Roteiro 2021 do Fórum Europeu de Estratégia para as Infraestruturas de Investigação (ESFRI, na sigla original). O reconhecimento, que sinaliza o consórcio integrado pela UC como um dos projetos científicos de dimensão pan-europeia mais relevantes para as próximas décadas, acaba de ser anunciado pelo ESFRI.

O comunicado oficial do ESFRI sublinha a forma como as 11 infraestruturas digitais escolhidas espelham as prioridades programáticas atuais da União Europeia – Pilar Social, Green Deal (Acordo Verde), Saúde e Transição Digital – e mostram potencial para marcar a evolução da ciência nos próximos 10-20 anos. No caso particular do OPERAS, é destacada precisamente a sua ligação à vertente da Transição Digital, pela forma como pretende “potenciar a Ciência Aberta e atualizar as práticas de comunicação científica em Ciências Sociais e Humanas, em linha com a European Open Science Cloud”.

Composto por 53 instituições, de 16 países europeus, o consórcio OPERAS é uma infraestrutura de promoção da Ciência Aberta [disponibilização em acesso aberto de dados e publicações, permitindo a partilha do conhecimento entre a comunidade científica, a sociedade e as empresas] nas ciências sociais e humanas no espaço europeu de investigação. O seu principal objetivo é tornar a Ciência Aberta uma realidade para a investigação nas ciências sociais e humanas e conseguir um sistema de comunicação académica em que o conhecimento produzido beneficie investigadores, académicos, estudantes e, de um modo mais geral, toda a sociedade, sem barreiras.

“A entrada do OPERAS no Roteiro do ESFRI marca o reconhecimento do consórcio como uma infraestrutura de importância pan-europeia para o horizonte dos próximos 10 a 20 anos. Este Roteiro inclui as melhores instalações científicas europeias com base num processo de avaliação e seleção exaustivo, sendo, por isso, indicativo do que de melhor se faz ao nível da ciência europeia”, aponta o Vice-Reitor da UC para a Cultura e Ciência Aberta, Delfim Leão.

O ímpeto renovado dos investimentos em infraestruturas de investigação, o crescente compromisso político com estas causas e o surgimento de um novo nível de ambição para desenvolver a nível global instalações inclusivas e complexas para ciência de ponta também são apontados pelo ESFRI como alguns dos pontos a favor do potencial transformador dos 11 projetos agora integrados no Roteiro 2021.

Para a Universidade de Coimbra, em particular, a inclusão do OPERAS neste Roteiro é também mais um incentivo na luta por um sistema científico em acesso aberto. “Com este reconhecimento, a UC, que é responsável pela dinamização do nó português do OPERAS, reforça o seu papel de liderança na área da Ciência Aberta”, conclui Delfim Leão.

 

 

Rui Marques Simões
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