Investigadora da Universidade de Coimbra distinguida nos “Prémios Verdes”

Seena Sahadevan realiza diversos trabalhos pioneiros para a conservação dos ambientes de água doce, um dos ecossistemas mais importantes para a manutenção da vida e também um dos mais ameaçados por pressões antropogénicas.

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Cristina Pinto
07 junho, 2022≈ 3 mins de leitura

Seena Sahadevan realiza diversos trabalhos pioneiros para a conservação dos ambientes de água doce.

© DR

Seena Sahadevan, investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), foi distinguida nos “Prémios Verdes”, na categoria “Prémio Investigação”, destinada a cientistas que se destacam na área da sustentabilidade e ambiente.

Com o Alto Patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a iniciativa é promovida pela revista VISÃO em parceria com o Grupo Águas de Portugal e visa «reconhecer, divulgar e premiar as boas práticas e os exemplos de excelência que se destacam pelo contributo para o ambiente e desenvolvimento sustentável no quadro da atual emergência climática».

Seena Sahadevan realiza diversos trabalhos pioneiros para a conservação dos ambientes de água doce, um dos ecossistemas mais importantes para a manutenção da vida e também um dos mais ameaçados por pressões antropogénicas. Atualmente, a investigadora da FCTUC está empenhada «em compreender e analisar os impactos causados pelos plásticos, especialmente nanoplásticos (NPs), no funcionamento dos ecossistemas de água doce. Em pequenos rios (ribeiros), a decomposição de folhada é um processo crucial, responsável pela transferência de energia através dos níveis tróficos da cadeia alimentar. Os hifomicetes aquáticos (fungos aquáticos) são os principais mediadores desse processo, melhorando a qualidade nutricional das folhas para o consumo de invertebrados e níveis tróficos subsequentes».

A investigadora foi distinguida pela «excelência na identificação dos impactos causados por NPs, tanto em hifomicetes aquáticos como em invertebrados, ainda que em concentrações muito pequenas (até 25 microgramas por litro)». A investigação realizada por Seena Sahadevan mostrou que os nanoplásticos «tiveram impacto na capacidade de decomposição, reprodução e abundância dos fungos; além de terem causado uma visível letargia nos invertebrados alimentados com folhas expostas aos NPs, confirmando sua toxicidade».

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