Madalena Victorino distinguida com o Prémio UC 2017

A coreógrafa, professora e programadora é reconhecida pela carga humanística do seu trabalho e foi responsável pela criação de diversos projetos culturais e artísticos de dimensão comunitária.

19 janeiro, 2017≈ 4 mins de leitura

Pelo mérito e valor das suas criações, pela envolvência comunitária da sua atividade, pela dimensão educativa que sempre privilegia, pela sua forte ligação à vida cultural da cidade de Coimbra e pela sua projeção internacional, a Universidade de Coimbra decidiu atribuir a Madalena Victorino o Prémio Universidade de Coimbra 2017, patrocinado pelo Santander Totta.

Nascida em 1956, Madalena Victorino estudou e formou-se em dança contemporânea, composição coreográfica e pedagogia das artes no The Place, London School of Contemporary Dance, no Laban Centre/Goldsmith’s College, University of London e na Exeter University nos anos 70 e 80 no Reino Unido.

Vive em Portugal e trabalha nas áreas da coreografia, da pedagogia da dança, das artes na comunidade e na educação assim como as relações entre o teatro e a dança. Leciona ainda em múltiplas instituições de Ensino Superior.

Ao longo da sua vida foi responsável pela criação de diversos projetos culturais e artísticos de dimensão comunitária (Caruma, Vale, Noites na Nora, Festa Brava, A Companhia Limitada/Largo Residências, Estação Terminal, Festival Todos, etc). Em 1991 foi co-fundadora do Forum Dança, associação cultural sem fins lucrativos que promove a dança nas áreas da educação, investigação, coreografia, interpretação e produção artística.

Entre 1996 e 2008, no Centro de Pedagogia e Animação do Centro Cultural de Belém, cria o primeiro espaço em Portugal, de programação de fruição artística internacional, direcionado para um público jovem.

Como principais trabalhos coreográficos destacam-se Projecto Tojeira (1989), Torrefacção (1990), O Terceiro Quarto (1991), Diário de Um Desaparecido (1992), A Festa e Auto-retrato Coreográfico (1993), Fotocena e Clowns, com encenação de João Brites, Anna Anna (1994), Sobreiros, Alma 1, Alma 2, Translations e A Disputa, com encenação de João Perry (1995), Sonho de Uma Noite de Verão, com encenação de João Perry (1996), Alma 13 e Escritório (1997).

Em 2009, comissariou e criou a exposição itinerante “Uma carta coreográfica”, uma iniciativa da Direcção-Geral das Artes, que andou por várias cidades do país (em Coimbra em Maio no TCSB).

Tem ganho vários prémios com os seus projetos. O seu trabalho é reconhecido pela sua carga humanística. Vive preocupada com a importância da educação artística de cada e todas as pessoas Recentemente foi distinguida pelo Estado Português como uma das “Mulheres Criadoras da Cultura” em 2015.

O Prémio Universidade de Coimbra, no valor de 25 mil euros, distingue anualmente “uma personalidade de nacionalidade portuguesa que se tenha afirmado por uma intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura ou da ciência” e é patrocinado pelo Banco Santander-Totta e apoiado pelo Jornal de Notícias.

O prémio será entregue no próximo dia 1 de março, durante a sessão solene comemorativa do 727.º aniversário da UC.

O júri do Prémio é presidido pelo Reitor João Gabriel Silva e tem como vice-presidentes Inês Oom de Sousa (Administradora do Banco Santander-Totta) e Afonso Camões (Jornal de Notícias).

Nesta edição participaram como vogais: Adérito Araújo (FCTUC), Jorge Manuel Coutinho de Abreu (FDUC), Margarida Mano (FEUC), Maria Manuela Tavares Ribeiro (FLUC), António Onofre (Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas-LIP), Irene Flunser Pimentel (FCSH da Universidade Nova de Lisboa, Prémio Pessoa), Rodrigo Costa (Administrador da REN) e Rosalia Vargas (Ciência Viva).

Toda a informação sobre o Prémio UC está disponível aqui.

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