Mimesis 2022: Balle de las Danças recupera espetáculo do séc. XVIII

Uma recriação histórica do chamado “teatro breve” no TAGV, a 1 de junho.

AB
Ana Bartolomeu
KP
Karine Paniza
30 maio, 2022≈ 2 mins de leitura

© Adriana Romero

“Balle”, apesar de se assemelhar a “baile”, é um género teatral do início do século XVIII, “que hoje em dia estaria mais próximo do teatro de revista”, começa por explicar Catarina Costa e Silva, diretora artística da Portingaloise.

“Balle de las Danças” é um dos “teatros breves” presentes no Manuscrito 471 do Arquivo Distrital de Braga. O documento foi editado criticamente por Xosé Gandara Eiroa, musicólogo que também estará presente no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) para introduzir o espetáculo.

“Que nós saibamos este repertório foi feito na época e não foi feito mais [nenhuma vez]”, adianta a diretora artística. Os balles “serviam simplesmente para divertir as famílias bracarenses do século XVIII”.

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Eis o que pode fazer:

Neste “Balle”, o público assiste a uma disputa entre as diferentes danças, que constituem as personagens do espetáculo. Desde o renascimento até ao barroco, os intérpretes visitam o saltarello, o villano, e até o sarambeque. Cada elemento do espetáculo é, em simultâneo, ator, músico e bailarino, numa mistura de competências e de artes performativas.

Co-produzido por Kale Companhia de Dança/ Portingaloise – Associação Cultural e Artística, o “Balle de las danças” reflete um trabalho de investigação histórica, mas não só. “Há partes do texto que não têm música e que era suposto terem” o que obrigou à recriação musical a partir daquilo “que seria uma sonoridade da época”, revela a diretora artística.

Até agora, a Portingaloise não falha uma edição do ciclo Mimesis, iniciativa da Reitoria da Universidade de Coimbra que tem por objetivo promover as artes performativas.

“Balle de las Danças” sobe ao palco do TAGV na próxima quarta-feira, 1 de junho, pelas 21h30.

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