Oficina liga Mulheres e Plantas nos contornos da Impressão Botânica

Oficina realizou-se no âmbito dos Equality Days da Universidade de Coimbra com o objetivo de desenvolver "as vertentes estética, ecológica e educativa, possibilitando uma interação mais criativa e consciente no mundo a nossa volta".

MC
Marta Costa
31 maio, 2023≈ 2 mins de leitura

© UC | Marta Costa

Mais do que uma intervenção artística, a impressão botânica é vista por Carmen Cavalcanti, da Associação TenChi Coimbra, como "uma descoberta de um novo olhar e de uma estética". Durante os Equality Days, a entidade associou-se ao evento através de uma oficina que pretendia aprender e ensinar com as plantas e reaproveitar roupas e histórias, através de técnicas de impressão botânica. A dinamizadora do workshop acredita que, hoje, as pessoas se encontram condicionadas "ao que é bonito, ao que é feio, ao lugar do homem e da mulher. E nada disso existe. É uma construção cutlural". De acordo com Carmen Cavalcanti, "o que a impressão botânica nos proporciona é abrir esse olhar e dar outra perspetiva".

E a impressão botânica é "uma arte em que o resultado é sempre novo e sempre diferente", o que proporciona aos participantes uma descoberta constante. "Não é algo que se controle nem se tenha algum controlo", acrescenta Carmen Cavalcanti. "As plantas, dependendo de serem colhidas de noite ou de dia, são diferentes", explica. E logo a partir daí, há uma "abertura para ver a beleza noutros lugares e de noutras formas".

Durante a oficina, foi possível conhecer algumas plantas tintórias utilizadas na impressão botânica e utilizar algumas das técnicas de amarração e cozimento. Houve ainda tempo para realizar a abertura dos tecidos e observar alguns dos resultados.

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Eis o que pode fazer:

Foi a curiosidade que levou Carolina Malta e mais duas colegas a juntarem-se à iniciativa. Depois de descobrirem os Equality Days, informaram-se de imediato sobre as atividades e workshops disponíveis, inscrevendo-se. Carolina Malta conta, visto estarem numa "altura de muitos trabalhos, pensámos que era ideal para fazer uma pausa, relaxar um bocadinho e fazer o workshop", acrescenta.

O espaço, e as iniciativas, pensadas para o público académico mas também para a sociedade, chamaram também pessoas de outras idades, como a Clara, de oito anos, que estava com a mãe, Andreia Gama, a aprender a fazer a impressão botânica. "É uma área que sempre tive muita curiosidade, e recentemente andámos a explorar e a ver vídeos de como fazia", conta. Ao saber do evento, a inscrição foi óbvia: "é mais fácil aprender com alguém do que a ver vídeos. E gosto que ela [a Clara] experimente todas estas coisas", acrescenta Andreia Gama.

Saiba mais sobre os Equality Days aqui. Conheça o projeto Equal STEAM - Programa Integrado de Atração e Retenção de Raparigas e Mulheres no Ensino Superior em Áreas Tecnológicas e Engenharias em www.uc.pt/equal.steam