TAGV mostra O Capital de Ivica Buljan

Espetáculo está inserido na quarta edição da École des Maîtres

16 outubro, 2015≈ 3 mins de leitura

© UC | Ana Zayara

O Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) é a “penúltima estação” do projeto de 2015 da École des Maîtres. Cerca de uma vintena de atores europeus estreiam em Coimbra “O Capital”, encenado por Ivica Buljan e que chega ao TAGV a 17 de outubro, sábado, a partir das 18 horas.

O Capital é uma grande metáfora das sociedades globais e do capitalismo tardio

O projeto internacional École des Maîtres reúne cinco parceiros europeus, onde se inclui o TAGV, e apresenta agora um “texto muito particular”, revela Fernando Matos Oliveira. O diretor do TAGV conta que, “tendo em conta a situação política e económica que se vive no espaço europeu”, O Capital é “uma grande metáfora das sociedades globais e do capitalismo tardio, onde o dinheiro é uma espécie de via única sem deixar margem para os decisores políticos definirem rumos e opções de governação”. O texto agora apresentado foi desenvolvido a partir de um ensaio de economia realizado pelo economista francês, Thomas Piketty, cruzado com “outras referências culturais e literárias”, continua o responsável pelo TAGV. Com a École des Maîtres já na quarta edição, “o resultado é muito consistente e proveitoso já que é uma oportunidade de contactar este encenador de referência”, adianta Fernando Matos Oliveira.

A 7 de outubro, a rede de parceiros finalizou a candidatura de um projeto no âmbito da Europa Criativa que pretende aumentar e desenvolver ainda mais a École des Maîtres. De acordo com o diretor do TAGV, o objetivo é alargar “o circuito a oito membros e acrescentar quatro coletivos de criação artística”. “É uma iniciativa muito ambiciosa que demonstra a confiança da rede de fazer crescer o projeto”, sublinha Fernando Matos Oliveira. “O futuro, para nós, é um que queremos construir juntos, acrescentar mais, tornar mais forte”. O diretor do TAGV acrescenta que o que se propõe no projeto europeu é “mais trabalho de residência artística e mais países envolvidos, de forma a ganhar mais escala e mais presença”, conclui.

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