Portugal e México unidos por "um mar de valores"

A Universidade de Coimbra recebeu o Embaixador do México em Portugal, Bruno Figueroa, para a apresentação da obra "México-Portugal: Um Mar Partilhado" e para a inauguração da exposição de fotografia "A Vida entre Batidas", do artista Miguel Milló, no UC Exploratório.

AB
Ana Bartolomeu
KP
Karine Paniza
16 setembro, 2025≈ 3 mins de leitura

© UC | DCM

"México-Portugal: Um Mar Partilhado" é uma obra "inédita" que "pela palavra testemunha aquilo que nos une", começa por introduzir o Vice-Reitor da Universidade de Coimbra (UC) para as Relações Externas e Alumni, João Nuno Calvão da Silva. Na apresentação do livro, que conta com um capítulo sobre a UC da autoria de Mariella C. Remund, introduzido pelo professor catedrático Rui de Figueiredo Marcos, o Vice-Reitor destacou os princípios que Portugal e México partilham: "aquilo que nos une é um mar de valores da tolerância, do respeito, da dignidade da pessoa humana, um mar de preocupações pelos direitos humanos e pelos valores democráticos".

O evento que, acima de tudo, fortalece as relações entre os dois países é, segundo João Nuno Calvão da Silva, uma "lição de Coimbra" para o mundo. "Os povos mexicano e português têm uma história de paz em comum, e no presente é importante que essa história seja cada vez mais consolidada e sirva, de alguma forma, como um sinal para o mundo".

A sessão de apresentação contou também com a presença de Fernando León García, Presidente da Universidade CETYS, entidade que editou a obra. O Embaixador do México em Portugal, Bruno Figueroa, salientou o "valor imenso do livro, que cobre as vinculações culturais tão profundas que conectam as duas sociedades", dando como exemplo os capítulos em que são abordados os escritores Octavio Paz, Mário Cesariny e Fernando Pessoa.

O Vice-Reitor da UC para a área da Cultura, Comunicação e Ciência Aberta, Delfim Leão, em representação do Reitor da UC, começou por elogiar o título da obra que, em vez de considerar o mar como uma linha divisória, "transforma-o numa oportunidade, um mar que compartilhamos, que nos une e que é um espaço de navegação". Nesse mar, "a embarcação que usamos para navegar é precisamente a partilha dos mesmos princípios e dos mesmos valores".

Seguiu-se a inauguração da exposição de fotografia A Vida entre Batidas, do artista plástico contemporâneo Miguel Milló. "É um entusiasmo enorme que o UC Exploratório tem porque estamos perante um grande artista mundial que tem uma capacidade técnica, logística e performativa para fotografar de forma incrível", declara o diretor do UC Exploratório - Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra, Paulo Trincão.

Esta exposição "coloca o UC Exploratório não só na vanguarda da divulgação de ciência, mas também a mostrar o que se faz de melhor em fotografia no mundo inteiro", acrescenta. A Vida entre Batidas é composta por 12 fotografias "encenadas, feitas em estúdio, com uma vertente performativa utilizando muitos elementos naturais" num trabalho onde se "explora a figura humana, sobretudo a face", explica Paulo Trincão.

Desde o início da sua carreira, Miguel Milló desenvolveu uma extensa série fotográfica em torno da figura da mulher e das múltiplas telas humanas que os corpos oferecem, dada a sua profunda admiração pela estética feminina. Criador de um universo próprio, muito pessoal e com grande carga poética e visual, o artista mexicano transmite várias mensagens através de uma linguagem fotográfica intemporal. A Vida entre Batidas está em exposição, durante os próximos meses, na Science Photo Gallery do UC Exploratório.

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