Um "grande livro" para dar a conhecer cinco das Joias do Património da UNESCO

A Biblioteca Joanina, a Capela de São Miguel e o seu Órgão barroco, o Jardim Botânico e o Museu Nacional de Machado de Castro são as cinco peças em destaque na obra.

MC
Marta Costa
AB
Ana Bartolomeu
23 março, 2023≈ 3 mins de leitura

© UC l Ana Bartolomeu

Arrancaram oficialmente as comemorações do 10.º aniversário da classificação da Universidade de Coimbra: Alta e Sofia como Património da Humanidade da UNESCO. Para assinalar a data foi apresentada a obra “Cinco Joias de Coimbra: Património Mundial da Humanidade”, coordenada por João Gouveia Monteiro e Maria Leonor Cruz Pontes, uma edição da Imprensa da UC.

Não pretendendo ser "uma simples repetição do que já se sabia" sobre os espaços, "é um livro que tem um bom equilíbrio entre o clássico e o inovador, entre o didático e o cientificamente rigoroso". O objetivo, explica o diretor da Biblioteca Geral da UC e coordenador da obra, João Gouveia Monteiro, passa assim por oferecer uma viagem ao leitor, desde aquele que "saiba muito pouco ou nada e visite a Universidade pela primeira vez" ou quem já saiba um pouco mais e que, "sem perder o registo didático, acrescente novidade". "Não queríamos um livro grande, queríamos um grande livro", garante o responsável.

Durante a cerimónia de apresentação da obra o Presidente da Associação RUAS e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Veiga, garantiu que a obra apresenta, "numa linguagem simples e acessível, o património que tivemos o privilégio de herdar". "Não podíamos ter começado [as comemorações] de melhor maneira", defende.

A apresentação esteve a cargo de Maria Antónia Athayde Amaral, membro do Conselho Geral da UC e da Direção Geral do Património Cultural que caracterizou a obra agora publicada como "extraordinária". De acordo com Maria Antónia Athayde Amaral "vai apaixonar o leitor pelo Património edificado".

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Eis o que pode fazer:

O Reitor da UC lembrou que a Universidade "é um castelo de produção de conhecimento, de tolerância, de saber e de responsabilidade social e equidade". "Todos estes valores humanistas fazem a UC única no panorama nacional e internacional", acrescentou.

Amílcar Falcão chamou o Reitor Emérito a encerrar a sessão que dá o pontapé de saída às comemorações do décimo aniversário da classificação da UNESCO. Foi durante os dois reitorados de Fernando Seabra Santos que decorreu o processo de candidatura: "senti que era preciso preparar a instituição, mostrar que as pedras velhas fazem parte da nossa casa, que as pedras velhas que somos nós e que são o futuro desta universidade". "Felizmente as coisas deram certo, e somos a quarta universidade no mundo classificada como património mundial e foi possível associar a este projeto muitos outros", afirmou.

A obra foi uma iniciativa da Associação RUAS (Recriar a Universidade, Alta e Sofia) e conta com textos de Fernando Taveira da Fonseca e António Filipe Pimentel, sobre a Biblioteca Joanina; acerca da Capela de São Miguel, escreve Gabriel Pereira; sobre o Órgão da Capela, Paulo Bernardino; acerca do Jardim Botânico, Ana Cristina Tavares; e sobre o Museu Nacional Machado de Castro, Maria de Lurdes Craveiro.

No final da apresentação foi possível escutar algumas peças de música ibérica dos finais do Renascimento e do período barroco compostas para órgão, interpretadas pelo organista titular da UC, Paulo Bernardino.

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