Universidade de Coimbra acolheu sessão de reflexão sobre o emprego científico e as carreiras científicas

A Universidade de Coimbra acolheu ontem, dia 31 de março, a terceira sessão do programa de comemorações dos 25 anos da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), dedicada à temática “Emprego Científico e Carreiras Científicas”. Assuntos adjacentes, como o futuro das carreiras e do financiamento e a precaridade, foram abordados pelos oradores convidados.

A partir das suas experiências profissionais, como também pessoais, partilharam com a audiência diversas perspetivas sobre a temática em discussão. Outro dos temas em cima da mesa foi o programa Estímulo ao Emprego Científico, implementado pela FCT para promover oportunidades de emprego para doutorados através de dois concursos: o Estímulo ao Emprego Científico - Individual (CEEC Individual) e o Estímulo ao Emprego Científico - Institucional (CEEC Institucional).

Na abertura da sessão, a presidente do Conselho Diretivo da Fundação para a Ciência e a Tecnologia destacou o benefício de fazer um balanço dos 25 anos de atividade, “sempre numa perspetiva de futuro e para lançar debates e trocas de ideias com a comunidade”. Helena Pereira espera que as sessões do programa possam ser “a semente que introduz uma discussão alargada”, como destacou.

Também encarregue de dar início à sessão esteve o Reitor da Universidade de Coimbra. Nas suas palavras, debater o emprego científico e as carreiras científicas é uma discussão necessária. Para Amílcar Falcão, as diferentes perspetivas “devem ser colocadas em cima da mesa para percebermos que caminhos são possíveis nesta área”.

Sobre as expetativas para dar resposta às problemáticas que afetam o emprego científico e as carreiras científicas, o representante máximo da Universidade de Coimbra adianta que “há muitas coisas para se questionar em relação ao emprego científico, porque não foi feita uma avaliação completa das implicações do emprego científico tal com ele está desenhado”. Amílcar Falcão sublinha ainda a importância de manter os investigadores que estão na Universidade de Coimbra, sendo necessário que existam condições adequadas.

O encerramento da sessão esteve a cargo da recém-empossada Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. No seu primeiro ato oficial como ministra, Elvira Fortunato adianta que o Ministério que agora tutela está “ao dispor e ao serviço da universidade, do ensino superior e da investigação que se faz em Portugal”. Numa breve menção ao futuro, deixa a missão de conseguir colocar a investigação que é feita em Portugal ainda mais no centro do mundo.