“Women Keep Creating Value” assinala o Dia da Mulher na UC

O evento destacou projetos de vanguarda liderados por mulheres nos setores da investigação e da tecnologia e promoveu o debate sobre como as organizações potenciam a atração e a retenção de talento feminino.

AB
Ana Bartolomeu
KP
Karine Paniza
08 março, 2023≈ 3 mins de leitura

© UC l Ana Bartolomeu

O Dia da Mulher foi celebrado na Universidade de Coimbra (UC) com o evento “Women Keep Creating Value”, organizado pelo INCoDe.2030. Mostrar o valor que as mulheres trazem às àreas das tecnologias é o maior objetivo da iniciativa, que se abre ao debate sobre como as organizações atraem e retêm o talento feminino, e como promovem a conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar.

“É uma honra imensa para a Universidade de Coimbra poder acolher este evento”, destaca a Vice-Reitora para o Ensino e Atratividade, Cristina Albuquerque. “Na verdade as mulheres sempre criaram valor. Ao longo do tempo foram criando, cada vez mais, um espaço de reconhecimento no domínio público", explica Cristina Albuquerque.

"Há um aspeto absolutamente crucial quando se fala do papel da mulher na sociedade em que vivemos e que diz respeito à dimensão científica", destaca a Vice-Reitora. Cada vez mais, as mulheres "se organizam para a produção de saber e de conhecimento reconhecidos pelos outros" e marcam presença "neste espaço público em construção".

A UC tem vários projetos em curso, como o Gender@UC e o Equal.STEAM, que permitem “a transformação da Universidade em prol desta não discriminação e da equidade que todos gostamos e que todos procuramos”, conclui a Vice-Reitora.

O que está em causa “não são direitos das mulheres, são direitos humanos”, defende Luisa Ribeiro Lopes, coordenadora-geral do INCoDe.2030. Segundo o último Índice Europeu da Digitalização da Sociedade e da Economia, “Portugal tem 21,9% de mulheres nas áreas TIC, está acima da média europeia que é 19%.” Este foi o indicador em Portugal mais subiu no último ano.

No entanto, Luisa Ribeiro Lopes admite que estes números não são suficientes e toma como exemplo as conclusões do relatório “Women in tech: The best net to solve Europe’s talent shotage”. Realizado pela McKinsey & Company, o estudo defende que se a percentagem de mulheres em empregos tecnológicos duplicasse até 2027, o PIB da União Europeia poderia aumentar em 600 mil milhões de euros. “Isto não é só uma questão de justiça e uma questão de igualdade de género, é uma questão de competitividade e uma questão económica.”

“Temos de comunicar estes números, fazemos este evento por que acreditamos que falar nunca é demais”, conclui a coordenadora-geral do INCoDe.2030.