Sons do passado no Jardim da Manga

20 dezembro, 2019≈ 3 mins de leitura

O Jardim da Manga é o palco da instalação sonora interativa “FONS VITAE”, que reproduz composições musicais, criadas e interpretadas há mais de 400 anos, quando o espaço pertencia ao Mosteiro de Santa Cruz. As obras têm sido recuperadas pela UC através do projeto Mundos e Fundos que tem estudado e catalogado as composições arquivadas no fundo musical da Biblioteca Geral.

A instalação está integrada na programação convergente da bienal Anozero’19, vai estar patente até 29 de dezembro, e pretende assinalar também a reabilitação do Jardim da Manga.

Quase cinco séculos depois da sua construção, no âmbito das reformas promovidas no Mosteiro de Santa Cruz, a fonte da Manga continua a ser um exemplo da cultura arquitetónica renascentista em Portugal. Nesta instalação sonora interativa destaca-se também o mosteiro crúzio enquanto um centro de atividade musical com notável dinamismo ao longo dos Séculos XVI e XVII. Esse património musical, que hoje se conserva no fundo musical da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, tem vindo a ser alvo de catalogação e estudo, existindo grupos como o Bando de Surunyo e a Capella Sanctæ Crucis que têm vindo a interpretar alguns dos manuscritos da coleção da BGUC. As gravações de ambos os grupos são a base sonora para a construção de uma composição “instantânea” que resulta da exploração, por parte dos visitantes, do espaço da fonte central e das suas colunas.

Conheça toda a programação do Anozero ’19 – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra aqui.

F. Fernandes e Milene Santos
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