Jornadas de Cultura Popular recordam 50 anos do GEFAC

Organismo Autónomo da Associação Académica de Coimbra apresentou programa que inclui conversas, concertos, um colóquio e um workshop entre 5 de novembro e 3 de dezembro.

28 outubro, 2016≈ 5 mins de leitura

© UC | Marta Costa

As XVI Jornadas de Cultura Popular são um evento bienal organizado pelo Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC). O Organismo Autónomo da Associação Académica de Coimbra (AAC) vai fazer uma viagem pelos últimos 50 anos, tentando juntar as memórias dos cerca de 850 sócios ativos que já passaram pelo GEFAC e pelos muitos milhares de amigos do grupo da Academia.

Destaque para a pré apresentação do livro comemorativo de aniversário “Bico Bico Chão – 50 anos de GEFAC”. De acordo com uma das organizadoras das Jornadas, Amanda Guapo, a obra é constituída por vários textos de sócios e também por “uma série de depoimentos de pessoas que, não sendo do GEFAC, são muito importantes para a construção do nosso trabalho e para o desenvolvimento do nossa atividade ao longo destes 50 anos”. “Não é um livro revivalista, nem é um documento formal de história”, continua Amanda Guapo. A apresentação está marcada para 5 de novembro, data que marca também o dia do aniversário do Organismo Autónomo. O evento realiza-se na Casa das Artes Bissaya Barreto, pelas 16 horas.

Também na Casa das Artes vai realizar-se um ciclo de conversas, nos dias 8, 15 e 22 de novembro. A Canção de Coimbra, o papel dos grupos da Academia no processo de construção de espetáculos e a apresentação do documentário Nos Trilhos do Andarilho, que explora “os caminhos de Ernesto Veiga de Oliveira, um dos etnógrafos mais importantes da história da etnografia portuguesa”, são os temas que vão estar em cima da mesa durante as Jornadas, conta outro membro da organização, Mário Carvalhal.

O programa das Jornadas inclui ainda o Colóquio “Diálogos de Memória”, que pretende ser “um espaço de reflexão sobre os processos de construção da memória, e de apropriação da memória”, explica Amanda Guapo. O evento está marcado para 19 de novembro, na Casa das Caldeiras, a partir das 9h30, e conta com três painéis: Memorando – A Construção da Memória, Memorizando – O Registo da Memória e Comemorando – A Transmissão da Memória. “Não queremos, com este colóquio, fazer uma reflexão apenas sobre o presente, porque o futuro também nos vai trazer um espetáculo geral novo, a estrear em março, e que será sobre a memória”, desvenda Amanda Guapo. A organizadora acrescenta ainda que “o processo vai ser importante para criar estruturas para o novo espetáculo”.

No dia 3 de dezembro, o percursionista Guiné Teles vai dar um workshop gratuito de percursão, inserido nas Jornadas. O local do workshop é a Sala de Ensaios do GEFAC, e o horário previsto é entre as 15 e as 19 e entre as 21 e as 23 horas. As inscrições já estão abertas, e são obrigatórias através do email gefac.uc@gmail.com.

Finalmente, as XVI Jornadas de Cultura Popular também incluem concertos com “grupos que mantêm alguma ligação” ao GEFAC, conta Joana Dourado, também da organização. “Lançámos o desafio a estes grupos para fazerem um espetáculo para as jornadas em que convidassem um grupo com que gostassem de trabalhar”, explica. Assim, o Conservatório de Música de Coimbra recebe a 10 de novembro, Segue-me à Capela e Galumdum Galundaina; a 12 de novembro o espetáculo O Maravilhoso Nascer da Espiga Dourada, uma co-criação Macadame, Ana Biscaia e Filipa Malva; a 19 de novembro, Diabo a Sete e Dacôrdamadeira, com Guiné Teles e Nuno Caldeira e, finalmente, a 24 de novembro é a vez da Brigada Victor Jara com alunos do curso de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra.

O programa completo pode ser encontrado aqui.

 

 

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