Plataformas tecnológicas da Universidade de Coimbra para “dar resposta às necessidades da sociedade”

Para o Vice-Reitor da UC, Luís Simões da Silva, a formalização do Laboratório de Radioatividade Natural e do Earth Observation Laboratory é "uma realidade que muito orgulha a UC".

20 julho, 2021≈ 5 mins de leitura

© UC | Marta Costa

As Plataformas Tecnológicas da Universidade de Coimbra são “um instrumento, partindo sempre do conhecimento que a UC detém e do seu componente tecnológico por vezes único, para dar resposta às necessidades da sociedade”, defende o Vice-Reitor para a Inovação e Empreendedorismo da Universidade de Coimbra, Luís Simões da Silva. Foi com esta ideia que foram formalizadas as plataformas tecnológicas e de serviços Laboratório de Radioatividade Natural (LRN) e Earth Observation Laboratory (EOLab).

Enquanto “peças do ecossistema da UC que, de forma sinérgica, maximizam o nosso impacto na sociedade, para contribuir para o bem comum”, as estruturas têm por missão suportar a investigação científica e tecnológica da UC e de outras instituições (no quadro de acordos de colaboração entre elas e a UC), adiantou ainda o Vice-Reitor, para prestar serviços avançados e integrarem-se em redes nacionais e internacionais de estruturas com objetivos similares.

Plataformas tecnológicas LRN MC2021

Paulo Oliveira, Alcides Pereira e Luís Simões da Silva. Foto UC | Marta Costa

 

“Este protocolo é um reconhecimento do que o laboratório fez, mas é também um ponto de partida para as atividades que venham a ser feitas no futuro”, acredita Alcides Castilho Pereira. Para o coordenador do Laboratório de Radioatividade Natural (LRN), “a UC tem aqui uma oportunidade de se diferenciar”. O LRN, integrado na Faculdade de Ciências de Tecnologia da Universidade de Coimbra, encontra-se em funcionamento desde o final da década de 90 e, com vasta experiência acumulada, é um laboratório “procurado por entidades públicas e privadas”.

O LRN tem como áreas temáticas de atuação a avaliação da exposição humana a parâmetros radioativos, designadamente ao gás radão, em águas de consumo humano, materiais de construção e ar ambiente; a elaboração de medidas de remediação – medidas de remoção de uma fonte de radioatividade natural ou à redução da sua intensidade. Incluem-se ainda o mapeamento de território quanto ao risco da exposição a radiações ionizantes, o desenvolvimento de linhas de investigação no uso de traçadores radioativos em diferentes meios e de datação de eventos recentes e a conceção de novos produtos e técnicas de medição.

Plataformas tecnológicas EOLab MC2021

João Fernandes, Vasco Mantas, Luís Simões da Silva e Mário Quinta Ferreira. Foto UC | Marta Costa

 

Já o Earth Observation Laboratory (EOLab) tem como áreas temáticas de atuação o desenvolvimento de produtos e serviços de informação; a consultoria para ativar o uso de dados geoespaciais e business intelligence e a capacitação de equipas e indivíduos para a utilização de dados geoespaciais. Integrado no Departamento de Ciências da Terra da FCTUC e no CITEUC – Centro de Investigação da Terra e do Espaço da UC, o EOLab quer “utilizar a informação disponível de uma forma mais eficaz, sustentada e mais útil, para ajudar aqueles que dela precisam”.

Vasco Soares Mantas, coordenador da plataforma tecnológica EOLab sabe que, mesmo vivendo “uma nova corrida espacial, que já não está limitada à grandes agências, não podemos cair no erro de a tornar uma corrida de egos”. “Temos de a utilizar para conseguir dar resposta às necessidades efetivas das comunidades e ecossistemas”, e acredita que o EOLAb pode ser uma mais-valia nesse objetivo.

 

Marta Costa
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