Sons da Cidade de regresso para celebrar o património mundial através da língua

De 17 a 24 de junho, Coimbra volta a encher-se de música, teatro, concertos, visitas guiadas, oficinas e muito mais, numa semana em que se celebra o quarto aniversário da inscrição da “Universidade de Coimbra, Alta e Sofia” na Lista do Património Mundial

16 junho, 2017≈ 5 mins de leitura

Já começou a contagem decrescente para mais uma edição do Sons da Cidade. De 17 a 24 de junho, Coimbra volta a encher-se de música, teatro, concertos, oficinas, visitas guiadas e muito mais, numa semana em que se celebra o quarto aniversário da inscrição da “Universidade de Coimbra, Alta e Sofia” na Lista do Património Mundial da UNESCO.

Sob o mote, “A Língua, Vozes que Viajam”, o Sons da Cidade convida a uma (re)descoberta dos espaços cruzando vários patrimónios, da língua à música, da imagem à palavra, propondo novas leituras da cidade.

O evento arranca ao som de um concerto de Chico César, um dos maiores talentos da música brasileira e da world music, que vem apresentar o seu mais recente trabalho discográfico, “Estado de Poesia”. O espetáculo começa pelas 22 horas no Pátio das Escolas da Universidade de Coimbra (UC).

Selma Uamusse, uma das vozes dos Wrayguun, é a protagonista de mais um concerto do Sons da Cidade, a 22 de junho, às 22 horas, no Pátio da Inquisição. A cantora apresentou recentemente o seu primeiro single a solo, “Ngono Utana”.

O último concerto do Sons da Cidade, e que marca também o encerramento da iniciativa, realiza-se a 24 de junho, às 22 horas, no Jardim da Sereia, e vai estar a cargo de Adriana Calcanhotto. Trata-se de um “concerto‑tese” que sintetiza a residência da cantautora na Universidade de Coimbra, que decorreu entre fevereiro e junho de 2017. A cantora e compositora brasileira propõe um
conceito novo, que marca o final do semestre letivo em que desenvolveu um plano de atividades intenso na Faculdade de Letras da UC.

De entre a vasta programação do Sons da Cidade destaca-se também a inauguração da exposição “Fotossíntese”, a 21 de junho, pelas 17 horas, no Jardim Botânico da UC. Esta exposição digital e ao ar livre pretende mostrar as imagens obtidas pelos visitantes no jardim desde o início da história da fotografia.

A presente edição do Sons da Cidade vai ainda ser pautada por várias visitas guiadas especiais que vão passar pelas ruas da baixa e da alta de Coimbra, pela Casa Medieval, pelos edifícios construídos durante o período do Estado Novo, por ruas, becos, travessas, entre outros espaços. O objetivo é conhecer as vivências, memórias, tradições e aspetos histórico‑culturais da cidade e, ao mesmo tempo, criar uma consciência coletiva para a preservação do espaço edificado e cultural. A primeira visita acontece a 19 de junho, às 15 horas. As restantes visitas realizam-se em todos os dias seguintes até 24 de junho.

À semelhança do ano passado, o coletivo Há Baixa volta a ter estruturas efémeras integradas no evento. As intervenções propostas para os Largos da Fornalhinha e Adro de Baixo foram as vencedoras do “Concurso Estrutura Efémera – Ideias e Práticas”, lançado pelo coletivo, e vão estar instaladas nos referidos locais de 19 de junho a 16 de julho com uma programação própria.

Todos os eventos da programação do Sons da Cidade são gratuitos, exceto o jantar mestiço (custo de 5€). No concerto inaugural de Chico César, a 17 de junho, é necessária a apresentação de  bilhete que deve ser previamente levantado no Posto de Turismo da CMC, no Turismo Centro de Portugal ou no Posto de Turismo da UC na Biblioteca Geral.

O Sons da Cidade é promovido pela Câmara Municipal de Coimbra, pela Universidade de Coimbra e pelo Turismo Centro de Portugal, e é uma produção do Jazz ao Centro Clube.

 

Consulte aqui o programa detalhado do Sons da Cidade e conheça tudo o que pode fazer na semana de 17 a 24 de junho. Visite também a página de Facebook do evento.

 

ATUALIZAÇÃO: Na sequência da declaração de Luto Nacional (18 a 20 junho) a programação do Sons da Cidade foi alvo de várias alterações. Confira aqui o programa atualizado e não perca nenhuma das muitas atividades do Sons da Cidade.

Texto de: Milene Santos
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