"Cidadania Pleniférica: uma pauta da contemporaneidade" é tema de webinar a 30 de setembro
A sessão tem início agendado para as 14h00 (hora de Lisboa, Portugal) e 10h00 (hora de Brasília).
No próximo dia 30 de setembro, pelas 14h00 (hora de Lisboa, Portugal) e 10h00 (hora de Brasília) realiza-se o webinar "Cidadania Pleniférica: uma pauta da contemporaneidade".
A sessão vai contar com as participações de Isabel Maria Freitas Valente (Visões Cruzadas sobre Contemporaneidade - VCC/CEIS20-UC) e de Marcelo Furlin (VCC/Universidade Metodista de São Paulo). A moderação estará a cargo de Joel Andrade (VCC/Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
As inscrições para participação no evento devem ser feitas através do e-mail vcc.geral@gmail.com.
Cidadania Pleniférica
Das periferias ao centro. Do pleno ao pleniférico. A semântica, em suas camadas de sentido e de significado, permite lançar olhares emblemáticos sobre os cenários desafiadores da contemporaneidade. De modo particular, coloca-se em evidência a condição de cidadania que contempla movimentos com matizes ontológicos. Nessa inspiração, o conceito de cidadania pleniférica pretende questionar os ecos de homogeneização presentes no termo planisférico e, assim, apresentar as sendas abertas pelo termo pleniférico, que promove o movimento semântico – social, político, ideológico...-das periferias ao centro, em geral, e de forma particular das Regiões Ultraperiféricas da União Europeia.
Neste sentido, pretende-se que este conceito de cidadania pleniférica promova um duplo reconhecimento da ultraperiferia. Por um lado, da identidade e da realidade específica partilhada pelas nove regiões de três Estados-Membros que dela se reclamam. Por outro lado, da exigência de desenvolvimento por parte da União Europeia das medidas e dos apoios específicos que lhes permitam compensar a localização e as características com que a natureza as brindou de modo a que nelas possa fruir uma cidadania europeia plena.
Hoje em dia, é plenamente consensual a ideia de que a cidadania não diz respeito apenas à pertença a um Estado. "Dentro do Estado e fora do Estado surgiram novas arenas políticas que permitem pluralidades de cidadania" (Dulce Lopes). Se estas ligações de cidadania não são formais e institucionais, isso não significa que não existam ou sejam irrelevantes. Os indivíduos não são apenas pessoas, beneficiários de direitos e deveres a nível nacional e internacional; tornam-se cidadãos que podem exercer um estímulo ativo ao longo de vários níveis de governação. Este novo conceito pretende dar visibilidade a estas realidades e fenómenos que exigem políticas que promovam uma cidadania plena e ativa por parte dos cidadãos das Regiões Ultraperiféricas da União Europeia, ou seja, promover a relevância e a prática da cidadania como um conceito plural.
Na verdade, este reconhecimento e a promoção do exercício de uma cidadania plena é uma questão de Direitos Fundamentais.