Exposição temporária “Somos mutantes!”, no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra

10 dezembro, 2014≈ 13 mins de leitura

© UC | Fernando Guerra

Um dos maiores contributos de Darwin para a nossa compreensão sobre a origem e evolução das espécies foi o reconhecimento da enorme importância da diversidade entre os indivíduos. Hoje sabemos que a fonte primordial para essa diversidade é a mutação.

Cada um de nós transporta um património genético composto por informações ancestrais, que partilhamos com um vasto número de espécies, e informações mais recentes, algumas partilhadas com espécies evolutivamente mais próximas, outras exclusivas da nossa linhagem. É o conjunto da informação genética adquirida – por mutação – ao longo da nossa história evolutiva que faz de nós humanos.

“Somos mutantes!” é uma exposição que concluiu um projeto de promoção de cultura científica realizado durante o ano letivo de 2013/2014 em três escolas secundárias de Coimbra (José Falcão, Avelar Brotero e Infanta D. Maria), resultado de uma parceria entre o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO/InBIO, Laboratório Associado).
Na primeira parte do projeto, alunos de quatro turmas foram investigadores por alguns dias e estudaram a distribuição populacional e evolução de mutações no gene TAS2R38, associadas à sensibilidade para detetar o sabor amargo. Na segunda parte, que agora é reposta – a exposição, contam-se as histórias de outras mutações, noutros genes, que são também histórias das populações humanas.

Por ocasião da inauguração da exposição “Somos mutantes!”, no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, pelas 16h30, Sandra Assis, Vânia Carvalho, Francisco Curate, Richard Marques, Susana Carvalho, Vanessa Campanacho e colegas do Grupo de Estudos em Evolução Humana (GEEvH) falam-nos sobre a contribuição de novas evidências fósseis e genéticas para o conhecimento da nossa história, numa palestra sobre a temática “Somos todos Neandertais? O que nos dizem as novas evidências fósseis e genéticas.”

A exposição temporária poderá ser visitada a partir das 16 horas do dia 11 de dezembro até ao dia 1 de fevereiro de 2015.

MAIS INFORMAÇÕES
Entrada livre
Escolas: Inscrição prévia
No final da visita as escolas poderão participar nas atividades complementares “seleção natural”, “deriva genética” e “fenótipo-genótipo”. Cada atividade tem uma duração média de 20 minutos e a participação requer inscrição prévia.
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