UC colabora com exposição em Salamanca

A exposição ‘Um Índio descerá de uma estrela – viagem filosófica à Amazónia (1783-1792) pode ser visitada no Pátio das Escolas Maiores da Universidade de Salamanca até 30 de outubro de 2023.

MC
Maria Cano
KP
Karine Paniza
13 outubro, 2023≈ 2 mins de leitura

“Um índio descerá de uma estrela colorida, brilhante/ De uma estrela que virá numa velocidade estonteante” canta Caetano Veloso há várias décadas. A letra da música inspirou o título da exposição que se insere “na atribuição do título Doutor Honoris Causa ao célebre Caetano Veloso” pela Universidade de Salamanca, explica Carla Coimbra, colaboradora do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (UC).

A UC colabora ativamente na exposição através da curadoria e da cedência de objetos do Museu da Ciência. "A Universidade de Salamanca contactou a Universidade de Coimbra no sentido de cedermos algumas peças para esta mostra” recolhidas pelo naturalista brasileiro Alexandre Rodrigues Ferreira e “que pertencem ao importante espólio museológico da coleção de Antropologia da UC”, explica Carla Coimbra.

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Eis o que pode fazer:

Com curadoria do diretor do Instituto de Estudos Brasileiros da UC, Osvaldo Silvestre, e coordenação do docente da Universidade de Salamanca, Pedro Serra, a exposição, promovida pela Fundação Cultural Hispano-Brasileira, integra uma mostra de objetos recolhidos pelo antigo estudante da UC e naturalista de relevo no século XVIII.

Na exposição estão patentes artefactos tão diversos como um cesto feito com fibras vegetais, um bastão de guerra de madeira, um colar feito com dentes de porco de selvagem ou uma máscara com a cabeça de um jacaré a emergir da boca.

Quem foi Alexandre Rodrigues Ferreira?


Alexandre Rodrigues Ferreira estudou na Universidade de Coimbra, primeiro no Curso de Leis e, depois, no de Filosofia Natural e Matemática. Em 1779 obteve o Doutoramento na UC. Foi depois trabalhar para o Real Museu D’Ajuda e tornou-se também membro correspondente na Real Academia das Ciências de Lisboa. Em 1783, o naturalista brasileiro partiu, a mando da Rainha Dona Maria I, para o Brasil para encetar uma Viagem Filosófica pelas Capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá. Nessa viagem teve oportunidade de descrever a agricultura, a fauna, a flora e os habitantes das regiões, bem como de recolher inúmeros objetos.

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