O artista José Moura Távora (à direita) e o Vice-Reitor Alfredo Dias (à esquerda) junto da obra que representa a Sé Velha de Coimbra.
© UC l Ana Bartolomeu
A partir de terracota e barro vermelho, José Moura Távora constrói miniaturas dos monumentos da região Centro. Parte da sua coleção está agora patente nos espaços de visita da Universidade de Coimbra (UC).
A Sé Velha, a Igreja de São Bartolomeu e até o antigo castelo da cidade são algumas das obras expostas. Na opinião do Vice-Reitor para o Património, Edificado e Turismo, Alfredo Dias, são peças que “despertam o interesse e a atenção dos que nos visitam” e que podem contribuir para a divulgação do património da Universidade e da cidade. “Acredito que os nossos visitantes se entusiasmem e visitem outros espaços da cidade”, afirma Alfredo Dias.
No centro da Sala do Exame Privado está a peça que mais atrai o olhar dos turistas: o Pátio das Escolas. É também a obra com maiores dimensões, "só de pedra tem 25 mil peças", explica José Moura Távora. "Foram mais de 1 500 horas de trabalho, fora o tempo que não registei em livro".
© UC l Ana Bartolomeu
O artista decidiu representar o Pátio das Escolas que existia nos anos 40, ajardinado no interior, para perpetuar a memória do edificado. "Tudo aquilo que os nossos antepassados fizeram deve ser conservado", defende José Moura Távora. Antes de iniciar uma obra, o artista passa inúmeras horas no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em busca de informação fidedigna. "Não há nenhuma peça que não esteja feita com base em documentação da época", garante.
Com um vasto espólio, que começou a construir com apenas oito anos de idade, José Moura Távora está honrado com o convite feito pelo Núcleo de Turismo da UC. "Como conimbricense, é um orgulho saber que sou um dos primeiros, senão o primeiro, a expor dentro destas salas." São 12 peças em exposição, que o artista visita todas as semanas dado "o grande valor sentimental" que tem por cada uma delas.