Prelo metálico de Haas-Galinha apresentado no átrio da Biblioteca Geral da UC

Requalificação do átrio da BGUC "é um mais passo que damos na dignificação do nosso património", afirma o Reitor da UC.

MC
Marta Costa
28 abril, 2022≈ 3 mins de leitura

© UC | Paulo Amaral

"É uma peça muito emblemática e agora toda a gente que entra na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (UC) pode conhecer esta obra-prima da indústria dos finais do século XVIII". Identificado como o mais antigo prelo metálico do mundo, o prelo metálico Hass-Galinha data "provavelmente do início da década de 1780" e é, nas palavras do diretor da BGUC, João Gouveia Monteiro, "uma peça de valor único a nível mundial".

O prelo, uma máquina tipográfica utilizada para imprimir, agora musealizada, foi apresentada ao público no âmbito da inauguração da requalificação do átrio principal da BGUC. "Decidimos recuperá-lo e agora, completamente restaurado, está musealizado", conta João Gouveia Monteiro. A investigação à volta do prelo metálico contou com o especialista em museologia de ciência, Robert Oldham, e o sub-diretor da BGUC, António Maia do Amaral, assim como de outros especialistas. Inicialmente pensava-se que o prelo tinha sido fabricado em Coimbra por Manuel Bernardes Galinha, "mas a investigação, permitiram identificá-lo e datá-lo".

"Hoje a dignidade da entrada é completamente diferente", sublinhou o Reitor da UC. De acordo com Amílcar Falcão, bibliotecas como a BGUC "são locais de enorme valia do ponto de vista cultural e científico, que temos de proteger, e a obrigação de manter e perspetivar para o futuro". Enaltecendo "o notável dinamismo" da BGUC, Amílcar Falcão acredita "é difícil encontrar uma instalação mais adequada [como o prelo metálico de Haas-Galinha] para a entrada da BGUC".

Amílcar Falcão afirma que "é mais um passo que damos na dignificação do nosso património".

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Eis o que pode fazer:

"O novo átrio não vai ser só o prelo", garante o diretor da BGUC. O projeto inclui "um cantinho a que carinhosamente chamamos «speakers' corner», onde vão acontecer coisas giras", adianta João Gouveia Monteiro.

A ideia passa pela introdução de uma componente de debate público animada, estreada do dia da inauguração com as "Questões Disputadas". "É uma velha tradição académica onhde estudantes respondem a perguntas difícieis", explica o diretor. Na estreia, Diogo Nolasco e José Luís Barbosa responderam às questões "O hábito faz o monge?" e "Mudamos o mundo ou é o mundo que nos muda a nós?". No final das apresentações, o público foi convidado a votar.

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