Universidade de Coimbra integra comunidade piloto para a Indústria 5.0 criada pela Comissão Europeia

CoP 5.0 reúne stakeholders europeus para partilharem boas práticas, criarem ações conjuntas e contribuírem para a implementação da Nova Agenda Europeia de Inovação

17 novembro, 2023≈ 3 mins de leitura

A Universidade de Coimbra (UC) foi selecionada pela Comissão Europeia para integrar a comunidade piloto Industry 5.0 Community of Practice (CoP 5.0), que vai reunir stakeholders europeus para partilharem boas práticas, criarem ações conjuntas e contribuírem para a implementação da Nova Agenda Europeia de Inovação.

Para o efeito, foi lançada oficialmente ontem (quinta-feira, 16) uma plataforma para as entidades selecionadas estabelecerem novas redes e colaborações. O plano de trabalhos e objetivos da comunidade será apresentado até 2025.

A candidatura da Universidade de Coimbra à CoP 5.0 incluiu uma equipa multidisciplinar de investigadores do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) e Centro de investigação em Economia e Gestão da Universidade de Coimbra (CeBER) com uma forte experiência nos três pilares sociotécnicos fundamentais da Indústria 5.0 – sustentabilidade, centralidade no ser humano e resiliência. Além disso, a candidatura conta com o apoio das empresas Iberomoldes e Altice Labs e está aberta à participação da comunidade académica com interesse na temática.

A Indústria 5.0 propõe uma transformação industrial centrada no ser humano, resiliente e sustentável e a CoP 5.0 visa apoiar a criação de uma proposta de valor para os stakeholders a nível local, regional, nacional e europeu. O desenvolvimento desta comunidade vai seguir uma abordagem faseada, começando com um piloto de um ano, que vai conduzir à criação da Comunidade, a qual se pretende que esteja totalmente operacional no final de 2024.

A candidatura da UC teve como referência central a sua investigação em robôs colaborativos de última geração, soluções de rastreabilidade e visibilidade nas cadeias de abastecimento, aplicação de inteligência artificial e análise de grandes volumes de dados que estão no centro dos futuros gémeos digitais de sistemas mais complexos (sistemas de sistemas), proteção de infraestruturas críticas, criação de sistemas ciber-físicos orientados para as pessoas, a inteligência artificial responsável com princípios de explicabilidade, transparência e sustentabilidade, bem como a transição digital e transição energética da indústria, a interoperabilidade de sistemas, modelos de linguagem e arquitetura de sistemas complexos e, por fim, a investigação na relação homem-robô, com duas perspetivas essenciais: capacitar os trabalhadores com as ferramentas e os conhecimentos necessários para utilizar eficazmente as novas tecnologias (inteligência artificial ou blockchain) de uma forma que aumente a sua produtividade e criatividade e criação e desenvolvimento de robôs que inspirem confiança, sejam aceitáveis e seguros (alinhados com as expectativas sociais dos trabalhadores).

A componente do ecossistema de inovação da UC foi também tida em conta na candidatura, destacando-se o papel da Divisão de Transferência de Tecnologia da UC – UC Business e do Instituto Pedro Nunes na área do Empreendedorismo 5.0, transferência de tecnologia e da ligação ao tecido empresarial da região centro.

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