Universidade de Coimbra participa em projeto distinguido pelo programa Europa Criativa da Comissão Europeia

15 fevereiro, 2021≈ 3 mins de leitura

© Alexandre Ornelas

No âmbito do Programa Creative Europe – Media (Bridging Culture anda Audiovisual Content Through Digital), promovido pela Comissão Europeia, o projeto Valete vos viatores: travelling through Latin inscriptions across the Roman Empire, apresentado à Call EACEA/28/2019, foi um dos oito projetos europeus selecionado num universo de 115 candidaturas e cofinanciado num total de 311.108,07 euros.

A candidatura resultou de uma parceria entre universidades europeias, bem como entre entidades públicas e empresas privadas. Para além da Universidade de Coimbra, integram o projeto a Università degli Studi di Roma La Spienza (Itália), a Université Bordeaux-Montaigne (França) e a Universidad de Navarra (Espanha), que coordena a iniciativa.

A partir do destaque dado às inscrições de época romana, este projeto está pensado como uma viagem que liga a Lusitânia, no extremo ocidental do Império Romano, à sua capital, Roma. Os trabalhos começam neste início de 2021 e decorrerão ao longo de ano e meio. Encontra-se prevista a produção de um videojogo e de cinco audiovisuais (série de documentários), bem como a organização de cursos formativos (workshops) e a digitalização 3D (fotogrametria digital) de uma seleção de inscrições latinas que permitirão a referida viagem entre diversas cidades romanas.

Na Universidade de Coimbra, a responsabilidade do projeto é de Armando Redentor e de Pedro C. Carvalho, docentes da Faculdade de Letras. O projeto, em Portugal, incidirá sobre a cidade romana que foi capital da civitas Igaeditanorum (Idanha-a-Velha) e a sua extraordinária coleção epigráfica. O Município de Idanha-a-Nova é também um dos parceiros envolvidos.

Os responsáveis pelo projeto consideram que esta é uma excelente oportunidade para trabalhar no âmbito das Humanidades Digitais, permitindo abordagens inovadoras e cruzadas entre a História, os audiovisuais e as novas tecnologias, divulgando dessa forma a história social, política e religiosa dos lugares desse tempo. Consideram também que as inscrições romanas foram um meio de comunicação muito importante, um modo de difundir a língua latina e de gerar uma cultura comum no quadro do vasto Império Romano, constituindo esse património um dos mais claros sinais de globalização há dois mil anos. E lembram ainda que a nossa matriz cultural, na origem, é marcadamente romana.

Este é o primeiro projeto do programa Europa Criativa em que participa a Universidade de Coimbra.

 

FLUC
Partilhe