5.ª edição da Bienal de Coimbra encerra em festa

As atividades começam no sábado, 29 de junho, no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova com uma visita à exposição conduzida pelos curadores, às 16h00, que conta com a presença da ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e a secretária de Estado, Maria de Lurdes Craveiro.

27 junho, 2024≈ 4 mins de leitura

O concerto de Davíð Þór Jónsson foi uma das iniciativas que marcaram, no passado fim de semana, o “Antes do Adeus” d’O Fantasma da Liberdade

© DR

No próximo fim de semana, dois dias de intensas iniciativas assinalam o encerramento da 5.ª edição da Bienal de Coimbra, que teve como tema «O Fantasma da Liberdade» e curadoria de Marta Mestre e Ángel Calvo Ulloa.

A festa arranca no sábado, 29 de junho, no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova com uma visita à exposição conduzida pelos curadores, às 16h00, que conta com a presença da ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e a secretária de Estado, Maria de Lurdes Craveiro. No domingo, dia 30, à mesma hora, os curadores guiam a última visita desta edição do Anozero.

Segue-se, às 18h00, a apresentação do Catálogo da exposição, uma publicação com contributos de Carlos Antunes, Amílcar Falcão, José Manuel Silva, Raquel Lima, Pedro G. Romero, Daniel Barroca, Jorge Cabrera, Jo Labanyi, Gabriel Tupinambá, Marta Lança, e dos seus curadores Ángel Calvo Ulloa e Marta Mestre. O projeto gráfico, dirigido pelo ateliê Macedo Cannatà. A apresentação inclui um showcase de «A Magnólia Dentada – Solo para Saxofone Tenor».

A noite começa com uma sardinhada, entre as 20h00 e as 22h00, que tem um custo de cinco euros para a qual é precisa inscrição prévia. Segue-se uma noite de música programada pelo coletivo Volúpia, com lápis-lazúli, BRUSCA e Amulador, com instalação VJ por Opaaco, a partir das 23h00 (entrada a cinco euros).

No último dia para ver a exposição, há um brinde programado para as 18h00, seguindo-se o concerto, com entrada livre, da japonesa Hatis Noit. Profundamente enraizada e, ao mesmo tempo, capaz de nos remeter para múltiplos territórios, temporalidades e expressões culturais, Hatis Noit é uma artista com um percurso absolutamente singular. O seu nome tem um significado particular no contexto da cultura japonesa, podendo traduzir-se como o caule da flor de lótus, o canal que liga dois mundos distintos. É essa capacidade de unir matéria e espírito que Hatis Noit atribui à música. Nas suas performances, encontramos referências às vozes búlgaras, a várias técnicas vocais tradicionais da Ásia Menor e a vários estilos operáticos, onde o Gagaku japonês tem natural destaque. A sua música envia-nos para o mundo da pré-linguagem, deslocando o foco da palavra para o som da voz humana, o que no caso de Hatis Noit é o instrumento primordial e instintivo que nos liga com a própria essência da humanidade, natureza e universo.

O JACC (Jazz ao Centro Clube) e Volúpia são parceiros de programação neste programa de encerramento.

Além das atividades no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, esta será a última oportunidade de ver as obras dos artistas convidados nos espaços onde “O Fantasma da Liberdade” também habita nesta Bienal: Sala da Cidade, Pátio das Escolas, Colégio das Artes, Jardim Botânico, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (Sede e Sereia) e Estação de Coimbra B.

A 5.ª edição da Bienal de Coimbra foi inaugurada a 6 de abril e até ao passado fim de semana contou com a visita de mais de dez mil pessoas só no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova. Além da exposição com curadoria de Marta Mestre e Ángel Calvo Ulloa, o Anozero’24 contou com mais de 80 iniciativas no programa convergente durante os seus três meses de duração.

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